segunda-feira, 22 de março de 2010

Relacionamentos

A metáfora dos porcos-espinhos, apresentada por Arthur Schopenhauer em O mundo como vontade e representação, livro IV, é antiga – e perfeita. Vale a pena relembrar a fábula do filósofo alemão:

Um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Para fugir da dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer, o que os levava a buscar novamente a companhia uns dos outros – e o ciclo se repetia: a luta para encontrar uma distância confortável entre a dor e a proximidade.

A história nos lembra uma verdade tão inevitável quanto incomoda: por mais necessários, prazerosos e reconfortantes que sejam, os relacionamentos causam desconfortos. O que fazer, então? Uma das saídas propagadas (perigosamente) por alguns psicoterapeutas é que a pessoa se volte para si sem se preocupar com o que o outro sente ou pensa, fazendo exclusivamente aquilo que oferece satisfação a ela – e nada por obrigação. A operação, porém, é de alto risco: magoar (e perder) pessoas queridas. O oposto – anular-se e viver em função de anseios alheios – obviamente também não é adequado. O grande desafio é cultivar a flexibilidade e o equilíbrio nos inúmeros relacionamentos dos quais não se pode fugir...o bom é que as feridas psíquicas cicatrizam e o aprendizado do ofício e da arte de estar
perto sem machucar a si e ao outro se renova a cada dia...
À minha amiga...Obrigada pela contribuição!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dengosa???

Pensar em dengue e relacionar a palavra dengosa é muito errado...
Infelizmente senti na pele o gosto do dengo da dengue... que de dengoso não tem nada... é muito doloroso...