domingo, 24 de janeiro de 2010

A arte da felicidade

" ...Quando você mantém um sentimento de compaixão, bondade e amor, algo abre automaticamente sua porta interna. Com isso, você pode se comunicar mais facilmente com outras pessoas. E esse sentimento de calor cria uma espécie de abertura. Você descobre que todos os seres humanos são exatamnte iguais a você e se torna capaz de se relacionar mais facilmente com eles. Isso lhe confere um espírito de amizade. Então há menos necessidade de esconder as coesas e, consequentemente, sentimentos de medo, dúvida e insegurança se dispersam automaticamente..."
(Dalai Lama)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chuva gera nostalgia...

Gostoso Demais
(Dominguinhos) Bethania

Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja e vai buscar
Meu bem querer
Não posso ser feliz assim
Tem dó de mim
Que é que eu posso fazer
Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz

Surpresa Boa!

Quando se fala na palavra surpresa o adjetivo “boa” é implícito mesmo sabendo que não é uma verdade absoluta.
Passei a analisar as surpresas boas do meu dia.
- Uma organizada despretensiosa no escritório (parece bobo, porém para quem conhece o espaço não é nada bobo... significa muito mais que uma faxina);
- Seleção de brinquedos velhos e novos;
- Almoço gostoso num clima nostálgico de "mim comigo"... (Explicando: Almocei sozinha e foi adorável)
- Desliguei a televisão;
- Várias conversas ao telefone;
- Um desabafo on-line;
- Li toda a caixa de e-mail... promovendo aquela limpeza;
- Li vários capítulos do livro: Seu desejo é uma ordem;
- Abominei velhos pensamentos e remodelei vários outros;
- Pratiquei a lei da atração;
- Busquei velhos amigos...
- E refleti ao som da chuva...

Enfim, dia cheio de esvaziamentos mentais e surpresas boas...

Essa é para você! Com carinho!!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A diferença

Por William Shakespeare
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança.
Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Direito de resposta...

Gentem...
O post "Livre arbítrio" foi direcionado para uma pessoa querida que quando leu, já se identificou e me mandou uma resposta.
Acho justo o direito de resposta e com autorização dela publicar o que foi escrito.
Com carinho...
Eliane


Amiga,
Eu não poderia responder o seu post no blog, pois não haveria espaço suficiente.
Confesso que chorei muito ao ler seu e-mail, não sei explicar o sentimento que tomou conta de mim nesse momento. Eu senti um aperto no meu coração em saber que você se afastou de mim de propósito pelo fato das minhas decisões sobre minha vida contrariar o que você gostaria que eu escolhesse.
Sempre me culpei por não nos vermos com freqüência, pois eu falhei com você diversas vezes por conta da minha vida corrida e desanimo que tomou conta de mim depois de algumas coisas que aconteceram comigo.
Eu te disse que nada nesse mundo me faria ficar com raiva de você e eu estava certíssima! A amizade que sinto por você é maior do que tudo. Sua macaca** safada e sem coração, como você teve coragem de desejar que eu quebrasse cara rs? Que vontade de te esganar!!!!!!!!!!!!!
Amiga você não precisa fingir que aceita minhas escolhas, pois pra mim não importa se pensamos e agimos de forma diferente. Sei que você quer o melhor pra mim e sempre senti isso no meu coração.
Hoje eu olho pra dentro de mim e vejo que gosto ainda mais de você e apesar de todos os pesares eu sempre vou amar você. Se um dia resolver sumir por qualquer motivo me avise, ou melhor, tente me fazer enxergar o que está te magoando.
Ich liebe dich – Eu te amo!

** Macaca - esta palavra foi utilizada, em referência a mim, como um apelido, devido ao meu comportamento cheio de energia e disposição(eu vivia correndo e pulando nos corredores).


Amigo é muito mais
Do que alguém pra conversar
Alguém pra abraçar.
Amigo é uma benção
Que vem do coração de Deus
Pra gente cuidar.
É assim que você é pra mim
Como uma pérola
Que eu mergulhei pra encontrar
É assim que você é pra mim
Um tesouro que pra sempre eu vou guardar.
Amiga, eu nunca vou desistir de você
E pela a tua vida eu vou interceder
Mesmo que eu esteja longe
Meu amor vai te encontrar
Porque você é impossível de esquecer.
Eu acredito em você
Eu acredito nos sonhos
De Deus pra tua vida, amiga
Eu oro por você
Porque a tua vitória também é minha.

Livre arbítrio

Há uns 4 anos atrás tive a oportunidade de conhecer um ser diferenciado... Uma pessoa com extrema disposição e boa vontade... Aliado a isso, essa pessoa, ainda é inteligente, com bom humor, pro-atividade e tudo mais que pensar de bom... em contra partida em um gênio terrível.
Ficava me perguntando por horas a respeito das escolhas feitas por ela.
A nossa estória tomou um rumo a partir do momento que me foi designado ser sua orientadora pelo meu ex-coordenador(bom, naquela situação certamente eu a orientaria com minhas loucuras...kkkkk)
Num primeiro momento pensei que a pessoa era mais doida que eu... E, não sei o porque, ela desapareceu.
Obviamente, naquele momento para mim ela perdeu todo o seu credito.
No semestre seguinte... vejo aquela criatura perdida nos corredores a minha procura... para enfim receber minha orientação.
Como uma boa e maquiavélica pessoa que sou, eu a explorei e a torturei...kkkkk. Fiz essa pobre coitada assistir todas as minhas aulas e ela me acompanhava ate nos intervalos.
Mérito seja dado... semestre seguinte ela já dividia uma disciplina comigo... Adorei!
Planejávamos juntas tudo... ate as maldades... Coitado dos alunos...
Nossa amizade cada vez mais se aprofundava. E por conseqüência a intimidade também.
Ficava conversando horas com meu ex-coordenador sobre os rumos que ela poderia seguir. Fazia planos, mostrava caminhos e projetava um futuro promissor. Eu só esqueci de um detalhe: livre arbítrio.
Essa pessoinha sempre fazia escolha diferente, escolhia o caminho mais complicado, a decisão mais imprópria... e a mais difícil.
As oportunidades pareciam implorar para que ela a escolhesse... (nunca vi uma pessoa com bunda virada para lua como ela!)
As oportunidades de emprego e estudo eram vantajosas... mas sempre exigiam dedicação, esforço e muito empenho... Seu primeiro pecado: ela escolhia todas e não conseguia dar conta!
Meu erro, talvez, era tentar pontuar as prioridades que achava e, que ainda acho, pertinentes. Sempre cobrava a postura correta exigindo empenho, dedicação, esforço e escolhas.
Sempre confabulava com meu ex-coordenador minhas frustrações e aflições... Comungávamos da mesma opinião.
Até que um dia com tantos desencontros eu me cansei... e sumi da vida dela... parei de mandar e-mails e de ligar; enfim, descobri que não poderia fazer as escolhas por ela e que ela deveria descobrir o valor de tudo sozinha... Tudo o que tinha feito – no meu pensamento – não tinha alcançado êxito. Resumindo, queria que ela quebrasse a cara para aprender... (Maldade, né! mas estava com raiva).
Muitos dias se passaram e para minha surpresa recebi uma mensagem bem despretensiosa dela falando a respeito de amizade... que ela tinha percebido meu sumiço e que amava do mesmo jeito.
Percebi, naquele momento, que nossa amizade estava acima da minha vontade em relação a ela e que tudo era mais importante do que a crueldade que estava fazendo, me calando... não conversando com ela... essas coisas...
Como havia dito, o livre arbítrio é de cada um... não posso querer fazer das pessoas aquilo que acredito que seja o ideal ou o melhor. Cada um tem que fazer suas próprias escolhas.
Querida Amiga, apesar de tudo que já vivemos e que ainda espero viver... Amo-te...
Bom, resumo da ópera... a danada continua me contrariando e eu continuo fingindo... que aceito.

Déjà vu as avessas

Fico pensando nas atitudes não tomadas, nas frases não ditas, nos amores não conhecidos e nas viagens não realizadas...
Mas por que isto vem à cabeça? Será que teríamos a oportunidade de transformar ou reprogramar nossos caminhos?
Logo, me vem um conceito, definido por mim: Déjà vu as avessas - uma saudade do que não foi, uma promessa que não foi feita, um carinho que não existiu...
Já se pegou pensando no que poderia ter sido e o que não foi? O que poderia estar diferente? Eu já!!!
Neste contexto, já me imaginei doutora em alguma coisa, astronauta, dançarina e artesã. Já me imaginei com uns 7 (sete) centímetros a mais da minha altura e 7 (sete) quilos a menos...do meu peso. Já me imaginei fazendo a pose de mulher fatal e, também, com 4 (quatro) filhos... do tipo escadinha kkkk
Já me imaginei com alta da terapia... Totalmente resolvida (se isso for possível), segura de mim e ditando regras "comigo ninguém pode”.
Já me imaginei criando artifícios para não ter alta da terapia... (ensaiando as loucuras para que sejam cada vez mais convincentes...).
Bom, o mais importante do que ficar imaginando o que não aconteceu é não esquecer do está a sua volta...
Viver com a intensidade requerida, amar incondicionalmente família, filhos e amigos. Trabalhar com vontade (pelo menos fazer forca para isso!) e ter a certeza que ao final do dia sua cabeça pode descansar em paz no travesseiro da sua cama...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Malhação faz bem ao coração...

Queria saber quem foi que inventou a malhação... a boa forma, o zelo pela saúde através da academia...
Não estou criticando... ou estou??? Eu estou na verdade é toda dolorida... e ainda por cima sou chamada de molenga... etc. e tal...
Outro dia o professor se surpreendeu com a quantidade de palavrões que solto... mal sabe ele que faço isso justamente para desestressar... kkk. Só espero que ele não acredite que seja com ele... mas bem que... Deixa pra lá...
Enquanto eu não me viciar pela endorfina adquirida através de 10 km de corrida... vou ficar buscando quem foi que inventou isso...

DOÍ TUDO... SOCORRO... Também quem manda ficar sem atividade física por tanto tempo.

Percebe-se que não doe a língua tão pouco os dedos... heheheeeee

Carinho


Ter a oportunidade de receber carinho é fantástico. Há pessoas que possuem esse dom, seja com uma ligação, com um sorriso, com um abraço e até mesmo com um presente.
Vale relembrar alguns momentos carinhosos...
* Recordo-me do meu avô paterno, despejando seu carinho em mim, quando tentava matar os pernilongos que insistiam em me picar... Minha pele branca deixava marcas horríveis.
* Quando adolescente a mania de andar de mãos dadas em todo lugar com as amigas; rindo de tudo e de todos.
* O almoço preparado pela mãe – que de repente eu não achava que era um banquete – mas que ela se levantava todas as vezes que eu pedia para fritar um ovo para mim... daqueles bem passados com as bordas quase queimadas. Ou quando ela percebia que nada me agrava me perguntava o que eu queria comer que ela faria...
* Mil horas de telefonemas sobre filhos, maridos, namorados, comidas, cinemas... e pessoas... mesmo sabendo que no outro dia nos encontraríamos...
* Andar o dia todo... ficar com as pernas tremendo, os pés cheios de calos, as costas doendo... de tanto ver “coisas” para aniversário de criança... Ainda dizer para a amiga que está feliz da vida por estar indo...heheheeee
* Ficar horas trocando olhares – num diálogo mudo – por que sua amiga está triste ou você está triste e uma consola a outra.
* Outra forma deliciosa de carinho eram os lanches maravilhosos divididos com as colegas de trabalho.
E muitas outras formas já vividas...

Mas o mais curioso de tudo isso é: tive a oportunidade de dizer que adorei seu carinho? Se não tive... agora tenho: OBRIGADA POR VOCÊ ME FAZER CARINHO!!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Formigas alienígenas

Sempre tive a sensação de ver bichos, insetos e correlatos como barata passando pela casa, principalmente nas paredes.
Essa sensação ocorre, normalmente, à noite, quando estou deitada no sofá vendo televisão. Ou, ainda, quando a casa está bem silenciosa e estou no computador. Ocorre, também, com pessoas ao invés de insetos... porém a maior freqüência é, certamente, com insetos.
Nos primeiros dias após a chegada do bebê percebi que estava com a mente explodindo de idéias... tipo brainstorm. Eu diria que na verdade era uma tsunami de idéias, pensamentos e especulações. Esse fato era tão avassalador que não conseguia juntar as idéias e tão pouco fazer qualquer conexão. Eram idéias férteis e soltas.
Juntando a coisa de ter a sensação de ver insetos nas horas mais inesperadas com uma tempestade de criatividade e pensamentos insanos, no momento pós-parto, veio a sensação de estar sendo vigiada.
Isso mesmo! Eu tinha a sensação de estar sendo vigiada, filmada... sei lá.. minhas imagens sendo gravadas.
Tudo começou assim... Meu bebê teve que tomar mamadeira logo nos primeiros dias de vida. Assim a rotina de lavar mamadeiras era constante levando em consideração que nos primeiros meses ele chegava a fazer 6 refeições ao dia. Logo que ele mamava a soneca era garantida. Muitas vezes a mamadeira nem acabava e ele já estava dormindo. De certa forma, era um alívio, pois iria cuidar de outros afazeres e até mesmo dormir com tranqüilidade e paz.
A tarefa de esterilizar as mamadeiras ficava por conta do pai e da mãe, então, a rotina de lavá-las e coloca-las no aparelho era constante.
Sempre que estava lavando as mamadeiras, na pia da cozinha, tinha a sensação de ver uma formiga grande passando correndo.
Nenhum problema com formigas... mas, sim, o fato dela ser grande e muito veloz.
Durante dias fiquei com esse pressentimento, já estava incomodada e curiosa.
Passei, então, a buscar essa formiga. Ela tinha que existir ou eu tinha que assumir minha loucura, digo confusão.
Nesta época eu já tinha grande apreço por internet e chat. A licença maternidade juntamente com férias e licença-prêmio me renderam vários meses em casa. Tempo não era o que me faltava – pelo menos nos primeiros meses de vida do bebê. Passava o dia “perturbando” meus amigos – que estavam na labuta – com conversas sobre isso e aquilo. Em especial, com um amigo muito querido passei a desabafar sobre essa sensação de estar sendo vigiada por formigas. Obviamente, ele riu, mas logo eu o enchi com toda a minha fundamentação insana que ele passou a me ouvir (acredito que por pura educação, afinal de contas ele é um gentleman!). As perguntas eram do tipo: __ Você conhece formigas grandes? __Sabem que elas andam rápido? __Tem algum conhecimento no assunto?
Acho que acabei por despertar sua curiosidade e ele começou a corresponder sobre o assunto: __Grande? __ Defina grande.
O diálogo foi demente. Ficamos conversando sobre os aspectos da formiga e assim ela foi definida: Grande: tipo daquelas cabeçudas com o bundão grande e as antenas bem proeminentes. Veloz: sua velocidade é semelhante com a das formigas pretas, magrinhas e extremamente rápidas.
Mas, até, então... eu não tinha visto a formiga. Somente seu reflexo. Tudo isso por conta da sua velocidade.
Passei a caçar a formiga. Afinal de contas eu tinha que vê-la.
Comecei a chegar de surpresa na cozinha, ora contando os passos ora correndo. Levantava os objetos procurando por ela: atrás do escorredor de pratos, na tampa da lixeira, no fogão, dentro da geladeira, embaixo do armário... Foi uma busca só... Tudo bem que a essa altura do campeonato eu já estava paranóica.
E toda essa rotina estava sendo compartilhada com meu amigo... Passei a dividir minha loucura e me sentir mais aliviada até que ele começou a suspeitar da existência da formiga.
Meus pensamentos se voltaram para minha condição de criatividade aflorada. Uma sensação que não tinha experimentado com tanta energia assim. Penso que foi o resultado de tanto leite materno represado (por conta de uma plástica no seio o leite materno produzido não tinha condições de sair...só acumulava. Essa é outra estória!).
Será que a formiga existe? Não é possível! Eu via o vulto! Não estava louca de forma alguma.
Comecei a pesquisar na internet e encontrei:

Segundo a pesquisadora Ana Eugênia Campos Farinha, do Instituto Biológico de SP, há entre 20 e 30 espécies de formigas que vivem em estreito contato com o homem. Entre as mais comuns estão a Tapinoma melanocephalum (formiga-fantasma); a Paratrechina longicornis ou Paratrechina fulva (formiga-louca); a Linepithema humile (formiga argentina); a Monomorium pharaonis ou Monomorium floricola (formiga-faraó); a Wasmannia auropunctata (formiga pixixica), e também as dos gêneros Crematogaster (acrobatas); Brachymyrmex (sem nome comum); Camponotus (carpinteiras); Solenopsis (lava-pés) e Pheidole (cabeçudas), além de saúvas (gênero Atta) e quenquéns (gênero Acromyrmex), estas mais encontradas no meio rural.
Fonte: http://soniareginabrasilia.blogspot.com/2009/09/formigas.html

Nenhuma das descritas acima se enquadrava com a formiga que desaparecia com a velocidade de um piscar de olhos. Um novo tipo acabara de surgir comigo: A Formiga Alienígena com o nome científico Alien insanus.
Armadilhas em cima da pia... açúcar espalhado na casa... mel dentro do pires... Essas coisas para descobrir o caminho que a danada percorria. Era uma operação de guerra... Não queria ver mais esse ser estranho fugindo de mim, me passando a idéia de que estava me controlando... Quando eu aparecia ela se escondia...
Comecei a encontrar os vultos da formiga no banheiro, na sala, no escritório... E minha paranóia passou a aumentar.
Teimei diversas vezes sobre sua existência e na minha cabeça era apenas uma monstrinha... me vigiando, me torturando.
A loucura foi tanta que acho que cansei meu amigo... ele, meio desconcertado, disse que minha imaginação estava a 1000... e que poderia escrever essa e outras estórias.
Nesse momento o foco mudou passaria de personagem para autora da escritora... Achei sem nexo, pois não me sentia com afinidade com a língua portuguesa para chegar ao ponto de escrever isso ou aquilo. Minha mente descontrolada nos pensamentos não me ajudava a organizar nada... Eu não saia do título do conto: Formigas Alienígenas!
Essa idéia foi logo abortada!
Voltei para a caça da formiga.
Percebi que a população aumentou... Elas voltaram para, agora, dominar meu lar...
As mamadeiras e o leite do neném passaram a ser guardadas a sete chaves! Nada ficava fora de proteções herméticas.
Certo dia, acordei meio zonza... com as idéias mais desordenadas ainda... e, penso que as formigas alienígenas passaram a adotar o comportamento humano por que elas deixaram de ser vulto e passaram a ser presenciais... estavam mais displicentes... e nada cuidadosas.
O ataque final estava próximo.
Comprei diversos tipos de veneno... para jardim, para formiga cortadeira e até aquele que vem numa bisnaga para formigas domésticas. Elas tinham que ser exterminadas.
Passei os venenos na casa toda...
Em poucos dias minhas buscas se cessaram e eu passei a ter paz.
A paz, ainda, reina. Não há sinais de alienígenas aqui...
E, meu amigo, a estória está escrita. Obrigada pelo incentivo!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Frustração


Nossa vida é engraçada... Percebo, claramente, que a felicidade são momentos. Cabe a nós fazermos desses momentos eternos (se, assim, for possível!)
Mas nesta lógica percebo que a grande companheira da felicidade é a frustração. Pense bem: se não alcança a felicidade, você de alguma maneira se frustra... Se frustra por que não deu um beijo naquela pessoa, se frustra por que não recebeu aquele elogio do(a) marido/esposa por conta do jantar tão trabalhoso..., se frustra por que o filho que te odeia quando você não permite que ele saia naquele dias com os amigos..., se frustra por que alguém não lhe falou a verdade.
Pela mesma lógica deve-se fazer dos momentos de frustração os menores possíveis de forma a valorizar os momentos bons...
Infelizmente, hoje me frustrei... duplamente.
Quem nunca se frustrou que atire a primeira pedra!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Reflexão



Teus filhos não são teus filhos.
São filhos e filhas da vida adorando-se a si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
Podem dar-lhes amor, mas não os pensamentos,
Porque eles têm os seus próprios pensamentos.
Podem trazer os seus corpos, mas não as suas almas.
Porque as suas almas moram na casa do amanhã,
Que vocês não podem visitar, nem sequer em sonhos.
Podem tentar ser como eles,
Mas não queiram que eles sejam como vós.
Vós sois os arcos dos quais partem os vossos filhos, quais flechas vivas.
Que a flexibilidade nas mãos do archeiro seja de prazer.

Kahlil Gibran
O Profeta

Ensaios...

Ontem fui à terapeuta e no meio da nossa conversa foi tocado em determinado assunto... Tudo bem subjetivo e indeterminado, pois o conteúdo é restrito e sigiloso – não sei, ainda, mas vou descobrir qual o segredo que os psicólogos têm de te arrancar a verdade, mesmo aquelas mais profundas e sórdidas – e eu confessei que no momento em que ela me fizesse uma pergunta, eu, prontamente, teria a resposta, imaginando, assim, como seria a sessão de ontem.
Um planejamento simples parecido com planejamentos feitos por pessoas controladoras.
Busquei diversos assuntos a serem discutidos e, para todos, eu já tinha o que dizer a ela. Até aí tudo normal, bem normal...
Para minha surpresa, antes que eu dissesse a minha resposta planejada com todo o seu conteúdo e detalhes... ela me interpelou:
_ Peraí, você está ensaiando?
_ Humm...? Eu disse.
_ Você está ensaiando a terapia? Ela reforçou.
Meio que sem jeito algum eu disse: _ Eu pensei nas conversas que poderíamos ter e nas respostas a serem dadas.
_ Essa é ótima! Ensaiar a terapia. Ela disse com um tom engraçado de surpresa. (ainda não tinha visto essa expressão nela).
Diante da pessoa que cuida dos doidos... eu simplesmente falei: _ Sim, pode ser um ensaio.
Sei lá o que seria de mim naquela hora se eu a contrariasse... Se bem que não aconteceria nada, a não ser o fato dela saber que estava mentindo...
O fato é que ... essa coisa de planejar, digo ensaiar ficou na minha cabeça.
Hoje, na hora do almoço, estava pensando no texto que escrevi antes desse e que não publiquei ainda... Fiquei pensando nas frases, no que acrescentar e se estava bom ou ruim.
Depois me veio, novamente, a mente a palavra: ensaiar. E não mais que num instante me dei conta que eu ensaio tudo. (Será isso normal?)
Eu ensaio a conversa com o dentista, quando ele briga comigo por que sumi do consultório.
Eu ensaio a bronca que quero dar em empregada quando ela falta o serviço e me deixa na mão e não vem trabalhar...
Eu ensaio a conversa com minha chefe, subchefe e subsubchefe.... (melhor esclarecer: Chefe: Diretor, Subchefe: Vice-Diretor, Subsubchefe: Supervisor Pedagógico).
Eu ensaio a conversa com meus amigos...
Eu ensaio a conversa com minha mãe e minhas irmãs...
Eu ensaio a conversa com o filho e com o marido...
Eu ensaio as ações que vou executar...
Eu ensaio o que vou escrever aqui!
Deus... eu ensaio tudo...
Puxando na memória uma vez fui convidada para ir à casa de uma amiga no tempo de faculdade e para isso eu deveria segui-la no meu carro e ela no dela... Assim foi feito. O caminho longo, rádio ligado e eu batendo papo comigo. Falava da vida, do diálogo que poderíamos ter, da coisa de ser cinéfila... e por aí foi o papo entre mim e eu... eheheheee.
Quando paramos o carro a primeira coisa que ela me falou: Amiga, você é doida?
Pensei rapidamente sem pronunciar nenhuma palavra... naquela hora: Será que dei alguma gafe no transito? Será que fechei alguém? Será que passei na faixa de pedestre? Será que andei rápido e esqueci do pardal...? Nossa que sufoco...
Ela continuou: Amiga, você fala sozinha!!!
Respirei fundo com uma sensação de alívio e, naquela fração longa de segundos, me perguntei o que iria responder... E agora? Ela vai descobrir que sou realmente doida... Me veio a mente a resposta: Hahaha... doida.. eu? Que isso, eu estava cantando!!! Você não canta???
Ela saiu desconfiada e eu mais ainda....kkkkkkkkkkk
O mais intrigante de toda essa loucura de ensaio... é que nada sai exatamente como eu ensaiei! Penso, planejo, arquiteto, estruturo... Mas na hora H.... sai diferente...
Vai entender doido, não é?!

Estilo...

Outro dia me peguei lendo o comentário feito por uma amiga que fala sobre a forma como nos vemos...

Achei interessante e começei a me analisar... Pensei em como me vejo e imaginei como as pessoas me veem. Engraçado!

Tive a impressão de ser pejorativa comigo e certamente economica em elogios e reconhecimento.

Acabei de descobri que tenho estilo... na escrita... (minha irmã é a responsável!!!)

Então... eu sou mais eu... e profundamente eu...

Ops! Agora soou egoista... e talvez prepotente.

Tá dificil achar um ponto de equilibrio...

Certamente por que estou cheia de mim e com alta estima no topo.

Tenho que tomar cuidado para não ser a personagem má do filme O Diabo veste Prada... kkkkk

domingo, 3 de janeiro de 2010

Espera

O engraçado da vida é que vivemos numa eterna busca! Busca de prazeres, inspiração, descanso, pessoas, lugares, tempo... e por aí vai.
Certamente essa busca gera uma determinada expectativa, para uns soa como uma eternidade, para outros é quase imperceptível.
Essa determinada expectativa, em especial, é a espera. Verbo ESPERAR... (v t esperar [əʃpə'rar]; 1 estar à espera, aguardar; 2 desejar que algo aconteça; v int esperar ter confiança em).
A gente espera tanta coisa... Tenho uma amiga que está esperando um bebê (vale dedicatória especial por que foi ela que mais me influenciou a criar este blog), outra está esperando um grande amor, outra está esperando a oportunidade para voltar para Brasília transferida pelo trabalho...outra espera a oportunidade para publicar seus textos maravilhosos, outra está esperando perder uns quilinhos... (e está conseguindo!!!)
Demorei, praticamente, um ano para soltar os dedos no teclado – e continuarei com os dedos soltos pelo menos até que as férias acabem – e agora fico na espera, confesso que curiosa, pela sua leitura.
Analisando meu devaneio fico pensando no que estou esperando. Será que espero que diga... Li seus textos... estão ótimos! ou,
Parabéns! ou,
Olha, sinceramente, está uma Mer...,
Nada disso... não espero críticas tão pouco elogios... Afinal de contas cada indivíduo é assim chamado por ser único e exclusivo; e, por consequência, tem gosto particular e nisso não vou interferir, no máximo, influenciar... heheheee
Espero que você se identifique com o que escrevo – assim terei a certeza que não sou a única a devanear. Me sentirei menos louca e certamente honrada! Espero que curta!!!

Encontros...

Encontros despretensiosos e adoravelmente deliciosos...

A vida nos reserva surpresas de tal forma que quando são boas são, obrigatoriamente, inesquecíveis.

Falo assim por conta dos diversos encontros maravilhosos que a vida já me proporcionou: amizades infantis que perduram até hoje, amizades novas que parecem que tem anos de convivência e amizades que apesar de encontrar pouco nada muda.


Não há palavra melhor para traduzir essa dinâmica do que: vida!


Então, para celebrar meus encontros despretensiosos ou não e, adoravelmente deliciosos, segue a musicalidade como forma de expressar meu desejo de vida:


O que é, o que é – Gonzaguinha


Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
É é bonita...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Coincidência??? Ou alerta???

Hoje o dia começou recheado de acontecimentos. Minha mente está borbulhando...
Há vários dias tenho conversado com uma amiga pelo Gtalk, tenho relatado meus problemas, confessado desejos, falado palavrões como qualquer ser humano...
Observava o fato curioso era a danada entrar e sair da rede com a mesma descrição. Ela nem se dava ao trabalho de se despedir de mim – não que isso me abale emocionalmente, mas a educação impera no nosso cotidiano. O engraçado é que ela vive me cobrando educação, postura, ética... Seu clichê preferencial é: A gente passa um ano ensinando a criatura mas ela nunca aprende!
Dada a genética lerda da pessoa eu não levava em consideração tal fato. Certamente o que me chamava atenção, principalmente, era eu começar a soltar meu veneno na pobre coitada... e ela, prontamente, desaparecia na rede... me deixando a ver bits flutuando.
E por aí se foi várias conversas... até que um dia conversando por telefone com ela foi mencionado um assunto – para ela novidade – e que eu já havia alertado via internet. O pânico e a loucura começaram aí!
Relembrei diversos assuntos que conversamos por internet, descrevi os detalhes sórdidos e ela demonstrando lapsos de memória e o cenário se configurava por um lado, eu tripudiando da lerdeza peculiar da pessoa me sentindo cheia de razão e da verdade, e por outro lado, ela me convencendo que tal fato nunca havia ocorrido.
Cheguei a rir do nick name que ela havia adodato: -*-pIpOqUyNhA. Se não fosse trágico, seria perfeitamente cômico!!!
O pior ocorreu: chegamos à conclusão de que sua senha havia sido furtada. Antes de qualquer pensamento dela eu já comecei a montar o cenário catastrófico do ocorrido, conjecturando, estruturando e montando o diagnóstico das fofocas proferidas, dos palavrões ditos, dos segredos que não eram mais segredos a partir daquele momento e, principalmente, de como todo esse turbilhão de informação voltaria para mim ou contra mim, com a mesma força que falei...
Ficamos horas pensando no por que daquilo. Por que uma pessoa faria isso? Por que faria aquilo??? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?
Já ouvia, na minha mente, a cena da mãe dizendo... Minha filha, eu te avisei para não fazer isso ou dizer aquilo... eu te disse, eu te avisei... não te avisei?!?!?!
- SOCORRO!!!
Passei a espalhar a informação como forma de prevenção: CUIDE DA SUA SENHA, ELA É O SEU MAIOR BEM, O MAIS PRECIOSO... E junto com a campanha de segurança eu contava o ocorrido, relatando o pânico, o desespero e montando uma rede de dúvidas e incertezas.
Chegamos a outra louca conclusão, achamos um culpado: o pobre coitado do irmão dela. A fama de gozador e danado fez com que ele levasse o título de minha amiga no gtalk.
Hoje, minha amiga do gtalk - -*-pIpOqUyNhA – entrou e eu, mais rápido do que ligeiro, comecei um diálogo já perguntando como tinha sido a passagem do ano (é claro, que nessa hora eu fazia as perguntas da forma mais investigativa possível). Prontamente recebia suas respostas, então, logo pensei... é hoje que eu descubro a farsa. Eu pego esse safado pelo IP (internet protocol) e delato-o para a verdadeira dona do nick name.
Estava sedenta e curiosa... mas minha ansiedade não me deixou, não resisti e no meio da conversa mais insana... perguntei despretensiosamente: Aonde você mora?
Quando vi, já tinha digitado e para minha surpresa percebi que a conversa passou a se tornar monossilábica.
Estava certa, não era ela... era ele: o danado do irmão. Enquanto via a mensagem -*-pIpOqUyNhA está digitando eu me imaginava lendo... Desculpa-me sou o irmão da pipoquinha, ela não está aqui agora, quer deixar recado... Meus dedos estavam praticamente digitando sem a minha mente dar o comando... Meus olhos estavam agitados, fixos no monitor esperando... esperando... esperando... A -*-pIpOqUyNhA não me respondeu, para meu desespero ela veio com outra pergunta... Aonde você mora?
Nesse instante todo meu desespero voltou... num instante estava certa e agora, estava errada... Meu Deus, quem será essa pessoa ladra declarada da senha da minha amiga.
Todos os segredos estavam revelados, eu estava explicita novamente... tudo poderia ser usado contra mim... Eu e minha língua grande... Pensei no meu veneno entrando na corrente sanguínea e indo direto para minha mente... proferindo pontadas finas: Burra, burra, burra... da língua grande e abusada. Tinha que ter falado disso ou daquilo...? Será que eu falei de tal pessoa...?
No mesmo instante que destilava o meu veneno eu ponderava... não tenho toda a culpa... ela correspondeu! Ela tem o mesmo nome e o sobrenome... Que culpa eu tenho... (Gente, que loucura!)
Para findar minha tortura mental eu já confessei, sem investigar mais nada, aonde eu moro e pronto!
Logo veio um pedido de desculpas... ela se referindo que me confudiu com uma amiga...
Mal vi sua resposta e sem considerar suas palavras... eu escrevi: Por favor, me responda: Aonde você mora?
Minhas mãos suavam esperando a resposta... que depois de longos 2 minutos ela disse... SP – Guarulhos.
Meu sangue começou a voltar para a face, minhas mãos ainda tremulas estavam entrando num estado de relaxamento difícil de explicar... Minha alegria estava aparente, Ufa!!! O mais importante... Meus segredos continuariam velados, não conheço ninguém em Guarulhos...
Em seguida, pedidos de desculpas recíprocos foram proferidos e a conversa acabou aí...
Ninguém roubou nada de ninguém... apenas nome e sobrenome EXATAMENTE IGUAIS, muita confusão e uma mente muito fértil no meio disso tudo. (Nem preciso dizer que a mente fértil é a minha, né?!)

Tempo... o Senhor dos Senhores!!!

Depois de certo tempo deixamos de acreditar em contos de fadas e papai Noel... e a rotina de trabalho consome tanta energia que acreditar ou não passa a ser uma questão mais pessoal do que encantadora. Diria que se trata de uma visão Polyana (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pollyanna) de vida...
Por conseqüência Natal e ano novo vêm carregado do apelo de mudança, reflexão e redirecionamento de condutas, pensamentos, ações, palavras e por aí vai...
Minha critica ou apelo está voltado para esta situação: Será que precisamos esperar uma determinada época do ano para repensar nossas atitudes, comportamentos ou falhas? Como se fosse o fim do exercício sentimental do ano – plagiando: fim do exercício financeiro. Sendo este em dezembro do ano corrente e a prestação de contas até abril do ano seguinte com a famigerada declaração do imposto de renda. Assim, o Natal e a passagem do ano é a nossa declaração de sentimentos onde nos livramos das contas sentimentais pendentes e resolvidas?
Fico a pensar, agora, assim como na declaração do imposto de renda, nas manobras, desdobramentos e até artimanhas que fazemos para pagar menos imposto ou menos sentimento.
A sociedade nos impõe isso e eu me imponho NÃO repensar neste momento... e sim no meu momento, na minha necessidade e no meu dia-a-dia.
Não é justo ser forçada pelo todo pensar em valores não amadurecidos, feridas não cicatrizadas e mágoas não trabalhadas pelo simples clichê: Feliz Natal e Próspero ano novo – apague as tristezas e viva um novo ano!
Cabe a nós lembrar a necessidade do dia e que não será o bom velhinho o responsável por tais mudanças... A mudança (Caso ela seja mesmo necessária!) está em si e é atemporal!
Confesso que a critica faz parte do meu caminho e que agora estou trabalhando esse lado cético e talvez incrédulo – esclarecendo: não por conta da passagem do ano e sim por que estou no meu tempo, heheheheheheeeee...

Ano Novo.... Velhas Receitas

Receita de ano novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. ... Que o Novo Ano "desperte", simplesmente. Surja como a "fé", silenciosa e serena. No fundo da caixa, Pandora guardou a ESPERANÇA - maior presente dos deuses. Que ela nos acompanhe.