terça-feira, 14 de setembro de 2010

Desejo a você...

Carlos Drummond de Andrade

Desejo a você…
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Crônica de Rubem Braga
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Noite de lua Cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Uma tarde amena
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.



segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Denorex

Engraçado como a vida nos leva a conhecer e desconhecer, diariamente, as pessoas...
A cada dia, a oportunidade de saber mais cada um vai ao encontro do subjetivo, desconhecido, alienígena e, quem sabe, buraco negro da personalidade. Tudo isso, baseado, na visão mais pessimista possível... desconsiderando, hipotéticamente, o lado bom da força!!!
Hoje, aprendi que desaprendi a conhecer alguem... Aprendi que devo não acreditar ou desconfiar da personalidade humana...
Até quando desconfiar, desconfiando???
Pois é, parece mas não é...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

ABRAÇANDO A IMPERFEIÇÃO

(Livre tradução de um texto em inglês, sem designação de autoria.)

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um lanche desses, depois de um dia de trabalho, muito duro.

Naquela noite longínqua, minha mãe pôs um prato de ovos, linguiça e torradas bastante queimadas, defronte ao meu pai.

Eu me lembro de ter esperado um pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez, foi pegar a sua torrada, sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.

Eu não me lembro do que respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geléia e engolindo cada bocado.

Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse:

" Baby, eu adoro torrada queimada."

Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse:

"Filho, sua mãe teve hoje, um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada. Além disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém.

A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não são perfeitas. E eu também não sou um melhor empregado, ou cozinheiro!"

O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos saudáveis e duradouros.

Essa é a minha oração para você, hoje. Que possa aprender a levar o bem, o mal, as partes feias de sua vida colocando-as aos pés do Espírito. Porque afinal, Ele é o único que poderá lhe dar um relacionamento no qual uma torrada queimada não seja um evento destruidor. "

De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher, pais e filhos, e com amigos.

Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu próprio.
Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração Dele; você apreciará o calor de cada alma, incluindo a sua.

As pessoas sempre se esquecerão do que você lhes fez, ou do que lhes disse.

Mas nunca esquecerão o modo pelo qual você as acolheu e valorizou.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Mundo da beleza interior...

Em tempos de comemorar o natalício... me vejo analisando, na ação do tempo, a mente e o corpo... É claro que o segundo item, para uma mulher é quase crucial...
Considerando que coincidências não existem... repasso um texto que recebi de uma amiga queridíssima... que ouviu minhas questões mentais... heheheee



O corpo feminino
por Paulo Coelho


Não importa o quanto pesa.
É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor idéia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheinhas, femininas... .
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fração de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem. Suas modas são retas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquilagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem!
Para andar de cara lavada, basta a nossa. Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas...

Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam conosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim. Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulêmica e nervosa logo procura uma amante cheinha, simpática, tranqüila e cheia de saúde.

Entendam de uma vez! Tratem de agradar a nós e não a vocês. porque, nunca terão uma referência objetiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher.
Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes. Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.
O corpo muda... cresce. Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas.
Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (sem sabotagem e sem sofrer); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.

Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza. São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.

PS: Querida visionária amiga... obrigada pela contribuição!!!

quinta-feira, 29 de julho de 2010

FASES

"TENHO FASES, COMO A LUA
FASES DE ANDAR ESCONDIDA,
FASES DE VIR PARA A RUA...
PERDIÇÃO DA MINHA VIDA!
PERDIÇÃO DA VIDA MINHA!
TENHO FASES DE SER TUA,
TENHO OUTRAS DE SER SOZINHA"

Cecília Meireles

sexta-feira, 16 de julho de 2010

A ARTE DE SER FELIZ

Cecília Meireles
HOUVE um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa e sentia-me completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela dava para um canal. No canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? Quem as comprava? Em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém a minha alma ficava completamente feliz.

HOUVE um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, a às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.

HOUVE um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.

MAS, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.


PS** Querido Amigo, obrigada pela contribuição!!!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Profundo...

Tenho para mim que a genialidade humana está intimamente ligada a fúria mental de cada um. A confusão de pensamentos com uma dose de imaginação gera tsunamis de pensamentos e estórias para lá de intrigantes.


Outro dia conversando com minha terapeuta fiz ponderações sobre a ausência de criatividade e curiosidades mentais em mim. Antes eu não tinha tempo para sequer anotar as idéias data a velocidade que vinham e iam... – ela chegou a me sugerir um gravador. A um mês atrás me sentia com um esvaziamento de pensamentos, com uma certa tranqüilidade mental nada comum para mim... Cheguei até a dormir às 20h.... (Falando de mim, isso é quase doença!). Ainda tratando do vazio cheguei a seguinte conclusão: Quanto mais compreendo meu papel, meus desejos, minhas vontades e assumo o meu tamanho.... menos a minha mente me incomoda. A terapeuta insiste em afirmar que minha criatividade voltará... Veremos!!!!


Para reforçar minha teoria estou escrevendo... ou seja, estou cheia de pensamentos loucos, inquietos, subjetivos, intrigantes, de certa forma perturbadores... Pronto! Essa sou eu... um conjunto de pensamentos ora insanos, ora cheios de devaneios e ora normais. Humanamente correta, socialmente correta, espiritualmente correta, sentimentalmente correta, mas intelectualmente incorreta. Só assim é possível pensar o impensável; como já diz o meu perfil...

Estou de volta!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Posso Errar?

Por Leila Ferreira

Há pouco tempo fui obrigada a lavar meus cabelos com o xampu errado. Foi num hotel, onde cheguei pouco antes de fazer uma palestra e, depois de ver que tinha deixado meu xampu em casa, descobri que não havia farmácia nem shopping num raio de 10 quilômetros. A única opção era usar o dois-em-um (xampu com efeito condicionador) do kit do hotel. Opção? Maneira de dizer. Meus cabelos, superoleosos, grudam só de ouvir a palavra condicionador. Mas fui em frente. Apliquei o produto cautelosamente, enxaguei, fiz a escova de praxe e... Surpresa! Os cabelos ficaram soltos e brilhantes tudo aquilo que meus nove vidros de xampu certo que deixei em casa costumam prometer para nem sempre cumprir. Foi aí que me dei conta do quanto a gente se esforça para fazer a coisa certa, comprar o produto certo, usar a roupa certa, dizer a coisa certa e a pergunta que não quer calar é: certa pra quem? Ou: certa por quê?

O homem certo, por exemplo: existe ficção maior do que essa? Minha amiga se casou com um exemplar da espécie depois de namorá-lo sete anos. Levou um mês para descobrir que estava com o marido errado. Ele foi certo até colocar a aliança. O que faz surgir outra pergunta: certo até quando? Porque o certo de hoje pode se transformar no equívoco monumental de amanhã. Ou o contrário: existem homens que chegam com aquele jeito de nada a ver, vão ficando e, quando você se assusta, está casada e feliz com um deles.

E as roupas? Quantos sábados você já passou num shopping procurando o vestido certo e os sapatos certos para aquele casamento chiquérrimo e, na hora de sair para a festa, você se olha no espelho e tem a sensação de que está tudo errado? As vendedoras juraram que era a escolha perfeita, mas talvez você se sentisse melhor com uma dose menor de perfeição. Eu mesma já fui para várias festas me sentindo fantasiada. Estava com a roupa certa, mas o que eu queria mesmo era ter ficado mais parecida comigo mesma, nem que fosse para errar.

Outro dia fui dar uma bronca numa amiga que insiste em fumar, apesar dos problemas de saúde, e ela me respondeu: Eu sei que está errado, mas a gente tem que fazer alguma coisa errada na vida, senão fica tudo muito sem graça. O que eu queria mesmo era trair meu marido, mas isso eu não tenho coragem. Então eu fumo. Sem entrar no mérito da questão da traição ou do cigarro , concordo que viver é, eventualmente, poder escorregar ou sair do tom. O mundo está cheio de regras, que vão desde nosso guarda-roupa, passando por cosméticos e dietas, até o que vamos dizer na entrevista de emprego, o vinho que devemos pedir no restaurante, o desempenho sexual que nos torna parceiros interessantes, o restaurante que está na moda, o celular que dá status, a idade que devemos aparentar. Obedecer, ou acertar, sempre é fazer um pacto com o óbvio, renunciar ao inesperado.

O filósofo Mario Sergio Cortella conta que muitas pessoas se surpreendem quando constatam que ele não sabe dirigir e tem sempre alguém que pergunta: Como assim?! Você não dirige?!. Com toda a calma, ele responde: Não, eu não dirijo. Também não boto ovo, não fabrico rádios tem um punhado de coisas que eu não faço. Não temos que fazer tudo que esperam que a gente faça nem acertar sempre no que fazemos. Como diz Sofia, agente de viagens que adora questionar regras: Não sou obrigada a gostar de comida japonesa, nem a ter manequim 38 e, muito menos, a achar normal uma vida sem carboidratos. O certo ou o certo pode até ser bom. Mas às vezes merecemos aposentar régua e compasso.

Leila Ferreira é jornalista, apresentadora de TV e autora do livro Mulheres Por que será que elas..., da Editora Globo.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Relacionamentos

A metáfora dos porcos-espinhos, apresentada por Arthur Schopenhauer em O mundo como vontade e representação, livro IV, é antiga – e perfeita. Vale a pena relembrar a fábula do filósofo alemão:

Um grupo de porcos-espinhos perambulava num dia frio de inverno. Para não congelar, os animais chegavam mais perto uns dos outros. Mas, no momento em que ficavam suficientemente próximos para se aquecer, começavam a se espetar com seus espinhos. Para fugir da dor, dispersavam-se, perdiam o benefício do convívio próximo e recomeçavam a tremer, o que os levava a buscar novamente a companhia uns dos outros – e o ciclo se repetia: a luta para encontrar uma distância confortável entre a dor e a proximidade.

A história nos lembra uma verdade tão inevitável quanto incomoda: por mais necessários, prazerosos e reconfortantes que sejam, os relacionamentos causam desconfortos. O que fazer, então? Uma das saídas propagadas (perigosamente) por alguns psicoterapeutas é que a pessoa se volte para si sem se preocupar com o que o outro sente ou pensa, fazendo exclusivamente aquilo que oferece satisfação a ela – e nada por obrigação. A operação, porém, é de alto risco: magoar (e perder) pessoas queridas. O oposto – anular-se e viver em função de anseios alheios – obviamente também não é adequado. O grande desafio é cultivar a flexibilidade e o equilíbrio nos inúmeros relacionamentos dos quais não se pode fugir...o bom é que as feridas psíquicas cicatrizam e o aprendizado do ofício e da arte de estar
perto sem machucar a si e ao outro se renova a cada dia...
À minha amiga...Obrigada pela contribuição!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Dengosa???

Pensar em dengue e relacionar a palavra dengosa é muito errado...
Infelizmente senti na pele o gosto do dengo da dengue... que de dengoso não tem nada... é muito doloroso...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Visões

Já percebeu que as mudanças climáticas podem afetar o emocional... Engraçado!
Passamos por vários dias com uma rotina de calor intenso, digo escaldande, daqueles de fritar ovo no asfalto para dias nublados e pontos isolados de friozinho...
Assim está a cidade... invertida... Percebo as pessoas mais recolhidas, menos agitadas, andando de certa forma encolhidas.
Almoçei, hoje, num lugar normalmente agitado... Agitado de tal forma que você acaba por comer correndo só de ver a pressa dos garçons, a procura por mesas vagas e a ansiedade do dono demonstrando... come logo e vai embora... por favor! Tudo isso regado com um sorriso forçado de quem tá cansando daquela rotina.
Quando cheguei ao lugar já estranhei... tinha mesas de sobra... o garçom estava especialmente agradável... e nenhum sorriso forçado... Eles estavam desestressados!!!
Para quem conhece a rotina deles diria até que eles estavam um pouco apáticos.
Comemos nossa refeição com todo o prazer... degustando cada garfada e, percebi, que de certa maneira, também, estavamos apáticas, melancólicas talvez... e despreocupadas... Numa certa macha lenta... kkkkkk
As pessoas em volta, também, estavam descontraídas...
O clima nublado e cinzento proporcionou um prazer inesperado... regado a um café expresso num local totalmente aconhegante e cult...


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Olhar de fora...

Hoje, me peguei com o pensamento longe... como se estivesse fora do corpo... uma sensação esquisita cheia de pensamentos de incertezas e vazios...
Aproveitei a visão externa ao corpo e começei a refletir sobre minhas ações e pensamentos... Estou a me perguntar até agora o porquê das escolhas feitas, dos caminhos seguidos e dos pedidos rejeitados.
Sabe quando você perde a linha do caminho que está seguindo? Então!!! Por um momento, pense: para que estudar tanto? para que trabalhar tanto? para que lutar tanto?
Não leve em consideração valores e crenças... Só pense aonde quer chegar... e responda: qual a vantagem de tanto esforço?
Se descobrir me avise...

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Olhar...

Engraçado quando você olha para uma pessoa sem ter a necessidade de dizer uma única palavra sequer e, ainda, assim ela ser capaz de te entender completamente... Seja um sorriso, um olhar, um movimento na sombracelha...

Essa cumplicidade não é para qualquer um...

Além de haver esse entendimento monstruoso... ainda há uma vida cheia de estórias divertidas e inusitadas com muita aventura e risadas...

Assim é a minha vida com minha amiga de infância... digamos que nos conhecemos no pré... (naquela época com 4/5 anos de idade), fizemos parte do mesmo grupo da igreja, depois o segundo grau, cursinho pré-vestibular... , fomos madrinha de casamento uma da outra e, agora, desfrutamos das mancadas juvenis dadas e do comportamento dos filhos repetindo nossa postura...

Já me peguei diversas vezes dizendo a ela que fazíamos a mesma coisa que um de seus filhos faz hoje...

Só mudamos o lugar... antes de filhos agora de pais... Mais do nunca entendemos a rigidez e a necessidade de impor nossa presença diante deles... e mais, ainda, nos torturamos por fazer exatamente o que mais detestávamos... Nos sentimos chatas juntas e ao mesmo tempo caimos na gargalhada ora reprovando a atitude ora não achando outra saída...

O mais divertido de tudo é ficar horas relembrando os desastres hilários ocorridos na época... como quando eu e um primo dançando lambada nos exibíamos como dançarinos dignos de Beto Barbosa... era cabeça para um lado e cabelo para outro.... num movimento de giro do corpo pelo ar... meu pé ficou preso no varal de roupas e o tompo e as risadas foram garantidas por dias...

Assim como outro dia quando saímos da escola... corríamos para a parada de ônibus com o intuito de chegar mais cedo em casa... Se perdessemos o ônibus daquele horário só chegaríamos em casa por volta das 15 horas... Pense na relação adolescente x fome.... Para evitar qualquer jejum involuntário corríamos feito loucas.... com a mochila de 300 quilos nas costas... dignas de qualquer prova de resistência... Bom, neste dia, chegamos atrasadas... perdemos nosso ônibus e, então, nos pusemos a esperar, esperar... e esperar... Enquanto isso os estudantes que não corriam feito loucos começam a chegar e mais que de repente todas as paradas de ônibus da cidade estavam cheias de estudantes loucos para ir pegar seus ônibus e cumprir seu ritual diário escolar.

Eu e minha amiga estávamos encostadas num pirulito (esses destinados a propaganda - especialmente a eleitoral) quando um ônibus passa lotado e um estudante gaiato grita pela janela.... "OLHA O MILHO....." Fiquei sem entender nada...e a aquela altura do campeonato não queria entender... eu estava faminta... Quando olho para o lado vejo minha amiga se contorcendo... pensei logo... gente! a coitada tá morrendo de fome...

Que nada... o FDP do gaiato jogou uma espiga de milho e acertou direto na barriga dela - na altura do estomago - pense! Já estava morrendo de fome com aquilo... foi o golpe de misericórdia.

Pior do que a espigada que ela levou foi o fato de eu não conseguir parar de rir.... quase fiz xixi nas calças... As lágrimas corriam a face e a pobre tentava se restabelecer com um vergão na barriga.

Essas e muitas outras estórias fizeram parte da nossa vida... e agora vivemos momentos nostálgicos por descobrir que éramos muito mais felizes e não sabíamos....

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Engarrafamentos

Com esse transito louco que vivemos os engarrafametos são constantes e a volta as aulas só agrava o quase inevitável.

Mas se já estamos presos ou lentos para que estressar? Não vale a pena...

Aproveite, então, o tempo...

Olha, eu já vi de tudo! ou quase tudo!!!

Já vi homem fazendo barba.

Já vi gente tirando meleca do nariz! Eu diria até que essa podia ser, certamente, o primeiro lugar em número de repetições... Agora, fico imaginando... que graça tem ficar tirando meleca do nariz no transito... Deve ser esquecido de fazer isso no banheiro, escondido e com uma toalha na cabeça para se certificar que ninguem está vendo... Pensa que o carro é o seu universo e esquece que este universo tem vizinhos passando...

Já vi e já fiz maquiagem... em casa não deu tempo.. sem problemas eu aproveito o engarrafamento... O melhor desta é ver a cara de panico dos motorista quando estou passando o rímel... hheheheeee

Cremes pelo corpo... perdi a conta da mulherada... começa pelos braços, cotovelo, mãos... depois ousa-se para as pernas se estiver de saia...

Celular... campeão junto com o dedo tirador de meleca.
Pentear cabelo....
Batom, gloss e similares... eu considerei como maquiagem.
Já ia me esquecendo... Já vi gente comendo e bebendo (alcoólico ou não).
Já vi gente espremendo espinha e tirando cravo... ECA!
Não me pergunte como, mas já vi gente lendo livro.... revista ou afins...
Se, assim como eu, você já se pegou fazendo alguma coisa dessas (a excessão da meleca no nariz!) relaxe, você é normal! É claro que o código de transito é contra... Fique atento...
Durante um engarrafamento, escute uma boa música por que é menos perigoso...

Mulher multifuncional!!!

Quando criança tenho lembranças de algumas propagandas que faziam referencia a mulher - dona de casa – com vários braços... Um para cada atividade: lavar, passar, cozinhar, atender ao telefone, cuidar dos filhos, arrumar a gravata do marido antes dele ir para o trabalho e, ainda, trabalhar fora. Tudo ao mesmo tempo e, indiscutivelmente, sorrindo com o cabelo sempre arrumado e bem cheirosa.
Achava aquilo o máximo... A mulher super power!!! O tempo passou, porém a imagem da mulher octopus sempre ficou na minha cabeça. Um ser idealizado, porém irreal.
A mulher recebeu o estereótipo de mulher moderna que cuida da casa e do lar com esmero, amor e dedicação. Passou a acumular turnos de trabalho e foi se moldando cada vez mais a nova realidade. Inicialmente, em busca de reconhecimento profissional e depois para complementar o orçamento doméstico.
Cresci com essa transição feminina e com os conselhos maternos: Filha, estude! Filha, não seja dona de casa, Filha! Tenha seu trabalho e não dependa do marido...Os conselhos são quase como axiomas... Difícil é conciliar teoria com prática. Cresci, estudei, tenho trabalho e, digamos, não dependo exclusivamente do marido! (Pensei: Fiz a lição de casa corretamente!)
Cresci mais um pouco e casei! Cruzes... não sabia nem lavar roupa... Recebi minha primeira lição de dona de casa já com casa. Minha educação foi para ter como instrumentos de trabalho caneta, papel, computador, impressora...
Meu primeiro conflito... quem vai lavar as louças do café... ? No começo tudo lindo... Amor, eu lavo aqui... Amor, eu lavo ali... Depois a rotina impõe a obrigação de lavar e, na minha cabeça, apareciam os conflitos entre a atual realidade e os conselhos maternos...
Bom, sem filhos, podemos tirar de letra. Afinal de contas o que é uma dúzia de copos sobre a pia???
A coisa toma sua verdadeira face com a chegada do(s) filho(s)... Anjos em nossas vidas.. Amor incondicional... só esqueceram de mandar alguns acessórios: manual do usuário e botão liga e desliga.
Necessariamente os filhos requerem cuidados. Cuidados que podem ser igualmente compartilhados – a exceção da mamadeira embutida que carregamos no corpo.
Em função dessa maravilha que é a licença maternidade e a mamadeira embutida no corpo, o filho recém nascido fica, para a grande maioria das mulheres, 99% do tempo com a mãe.
Mais conflitos... só que neste momento tão especial eles são tão potencializados.
Corpo, cabelo, pele, unhas e marido deixam de ser prioridade. E tudo o que era fácil de conduzir vira obrigação! Mas o ser gerado é capaz de fazer com que muitos dos sentimentos negativos simplesmente se evaporem com um sorriso gostoso dado com a boca cheia de leite...
Bom, o foco da conversa está na versatilidade feminina... no acúmulo de tarefas, ora impostas ora absorvidas ora sem saída.
Certa vez, ao trocar a fraldinha do bebê... me vi com uma vontade louca de ir ao banheiro... (Você pode até perguntar o porquê de não ter ido antes de pegar o bebê, mas já prevendo a pergunta eu respondo: A vontade só veio depois que eu já tinha aberto a fralda e ela estava completa, com os dois serviços) Como sair desta situação? Ou eu limpava o bebê, o móvel, o chão e o berço... ou eu me limpava... Adivinha qual a escolha que fiz? Se eu fosse a mulher octopus eu teria dado conta do bebê e de mim... heheheee
Outra vez que senti falta de mais braços foi numa saída para o shopping (esse passeio é o preferido das mães de licença maternidade, andar pelo shopping e distrair o pimpolho). O passeio era para ser curto, mas a tralha era enorme: carrinho, bolsa, mamadeira, fraldas, roupas, lencinhos etc e tal... Minha irmã me acompanhava com sua bebê e toda a tralha dela... Fomos ao fraldário, que por acaso não aceitava entrar com o carrinho, para trocar a fraldinha dos pequenos. Pegamos somente o necessário... Nessa coisa de higiene absoluta com a criança eu estava com a fralda na boca, uma mão segurando os pés e a outra mão eu estava tentando limpá-la por que eu a tinha sujado de coco. Para completar, no meio do meu desespero de não ter mais mãos, recebo uma bela esguichada de xixi que vai no rosto e no corpo do bebê, no chão, em mim e em toda minha paciência com meu ser amado.
O tempo vai passando e as obrigações só aumentam... e minha visão de ser uma mulher moderna vai só cansando... cansando... cansando...
Penso, agora, que se tivesse braços a mais... eu só teria trabalho a mais...
Dar conta da casa, dos filhos, do marido, do trabalho, da escola e da empregada é pedir muito para uma pessoa só...
E descobri, finalmente, nasci para ser moderna... mas NÃO NASCI PARA SER DONA DE CASA!!!

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Abraços

Já parou para analisar a quantidade de energia que pode ser trocada durante um abraço?
Um abraço carinhoso, um abraço apertado, um abraço obrigatório, um abraço descompromissado, um abraço distante... Não importa, as trocas de energia existirão.
Percebo que durante um abraço podemos trocar energia de tal forma que podemos ficar mais felizes do que já somos ou surpresos, satisfeitos, tristes, carregados e até mesmo doloridos.
Outro dia, ao pegar meu filho no berço, eu pedi que ele me desse um abraço gostoso... Senti seus bracinhos circulando meu pescoço e a força que ele impôs no momento...
Percebi que nesta hora seu abraço foi de entrega, amor, amizade e gratidão. A troca de energia foi a melhor possível... O carinho explícito me deixou cheia de coisas boas por todo o dia.
Também já cheguei no trabalho, sob uma tensão monstruosa, onde o clima não estava nada favorável e inesperadamente recebi um abraço de uma colega que foi extremamente importante, retirou de mim o peso de avião Airbus – só não sei dizer como ela se sentiu depois da sessão descarrego.
Já no grupo de estudos que participo... os abraços remetem ao prazer que sentimos em estar ali...
Sobre os abraços amorosos... tenho certeza que não preciso descrever, pois são MARAVILHOSOS!


Percebo que quando abraço uma pessoa um pedaçinho de mim vai junto... uma sensação gostosa, um carinho, um mimo.


Assim, adoro abraçar!!!
Desejo muitos abraços - de todos os tipos - para você!

Igualdade

...educar e educar-se na prática da liberdade é tarefa daqueles que pouco sabem, por isto sabem que sabem algo e podem assim chegar a saber mais em diálogo com aqueles que, quase sempre pensam que nada sabem, para que estes, transformando seu pensar que nada sabem e sabe que pouco sabem, possam igualmente saber mais.
Paulo Freire

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Mensagem de um Samurai

Hoje, num momento de fragilidade desconhecida, recebi esta mensagem...
Então quando se encontrar numa situação conforme a descrita... Reflita!

"Se alguém chega até você com um presente, e você não o aceita, a quem pertence o presente?" - perguntou o Samurai.

"A quem tentou entregá-lo" - respondeu um dos discípulos.

"O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos" - disse o mestre.

"Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carregava consigo. A sua paz interior, depende exclusivamente de você. As pessoas não podem lhe tirar a calma, só se você permitir..."

Autor Desconhecido

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Minha primeira vez...

Às vezes me sinto um alienígena... não sei como funciona, não sei como fazer funcionar, não freqüento ou nunca freqüentei... Outro dia, uma amiga me viu apanhando para mexer no celular dela me falou... “Garota, você nem parece tecnológica...”
Estou me referindo ao restaurante universitário, mais conhecido como bandejão. Conhecido de nome e localização... mas ir... nunca fui... ou não tinha ido....
Soldado (Essa sou eu!) chegou ao quartel para se apresentar ao trabalho (melhor, se apresentando aos estudos!), mas já pensando no horário do almoço. Obviamente, vou nas pessoas que já se apresentaram antes e certamente ficam o dia todo... e, logicamente, almoçam em algum lugar.
Fui baixinho perguntar para minha amiguinha aonde ela almoçaria, hoje, e ela me responde: Vou no Ruhhh... Com um olhar piedoso e meio receoso... Fiz uma força interna para entender que iríamos ao famoso e desconhecido RU. O interessante é o propósito de ir ao bandejão: economia. A refeição custa nada mais que R$ 5,00 para normais e R$ 2,50 para alunos... (é o nosso caso). Minha cabeça fez a seguinte conta... caramba... são R$ 12,50 por semana ou R$ 50,00 por mês. É uma maravilha...
As estórias sem fim que escutei a respeito do lugar são as mais curiosas possíveis... e, coincidentemente, elas voltaram a tona como um balde cheio de gelo. Não sabia se ia ou não.. Fiquei curiosa e com nojo... uma sensação terrível.
Não mais que isso foi a hora que fomos... havia uma multidão caminhando na mesma direção... todos com o mesmo propósito: almoçar. Minha cabeça não fazia ligação entre as estórias ouvidas e a fila para comprar a refeição. Perguntava-me se TODOS ali estão economizando ou simplesmente estavam tão quebrados que topavam qualquer coisa.
Ao mesmo tempo reinava no ar um cheio de feijão de casa... Pronto! Minha cabeça estava entrando em parafuso.
Saquei minha carteirinha e meus suados R$ 2,50 e recebi um cartãozinho magnético que autorizava a entrada na catraca. O primeiro andar estava lotado fomos encaminhadas a outro andar. Enquanto observava o comportamento – totalmente natural – das pessoas, eu ficava olhando todos os lugares a procura das possíveis confirmações fantasiosas...
Para minha surpresa ao me aproximar havia um cartazinho descrevendo o cardápio do dia. Tão logo consegui ler... meus olhos começaram a brilhar e um sorriso me veio a face e a alegria tomou conta de mim... Esqueci tudo o que havia sido blasfemado sobre o lugar. O cardápio era: Isca de frango empanada e ratatouille. Meus lábios expressaram minha surpresa com a mesma velocidade que li... eu recebi a resposta: Humm... Não se deixe impressionar pelo o que está escrito aí.
Senti meus músculos desfazendo o sorriso, a alegria deixou de existir e toda a confusão voltou à cena... e nessa hora eu já preparava meu espírito para ver o que havia no balcão a ser servido.
Dei de cara com uma saladinha de alguma coisa que não sei o que... depois o ratatouille (minha imagem de ratatouille foi a criada pelo filme Ratatouille onde o ratinho Remy prepara para o critico de gastronomia o prato que o remete a sua infância...) e finalmente uma mulher com uma colher enorme regulando a quantidade de isca de frango a ser servida. Ainda, recebi um copinho de suco colorido – sem definição de sabor.
Sentar em um restaurante com uma multidão de pessoas alheias ao significado da degustação por prazer é no mínimo estranho. Enquanto eu aprecio cada mastigada, fazendo o barulhinho de hummm o tempo todo, eu percebia as pessoas engolindo a comida o mais rápido possível - não sei se era para o sabor passar despercebido ou se estavam com muita pressa.
Aquele cardápio de encher os olhos logo se mostrou como o bom e velho arroz com feijão, uns pedaçinhos de frango frito mais um refogado de legumes quase desconhecidos... um ambiente diferente e nada acolhedor... Mas o que eu poderia esperar a mais?
Finalmente, terminei o almoço, apesar da saciedade, com uma sensação de nem havia começado.

domingo, 24 de janeiro de 2010

A arte da felicidade

" ...Quando você mantém um sentimento de compaixão, bondade e amor, algo abre automaticamente sua porta interna. Com isso, você pode se comunicar mais facilmente com outras pessoas. E esse sentimento de calor cria uma espécie de abertura. Você descobre que todos os seres humanos são exatamnte iguais a você e se torna capaz de se relacionar mais facilmente com eles. Isso lhe confere um espírito de amizade. Então há menos necessidade de esconder as coesas e, consequentemente, sentimentos de medo, dúvida e insegurança se dispersam automaticamente..."
(Dalai Lama)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Chuva gera nostalgia...

Gostoso Demais
(Dominguinhos) Bethania

Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Do teu olhar carinhoso
Do teu abraço gostoso
De passear no teu céu
É tão difícil ficar sem você
O teu amor é gostoso demais
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz
Pensamento viaja e vai buscar
Meu bem querer
Não posso ser feliz assim
Tem dó de mim
Que é que eu posso fazer
Tô com saudades de tu meu desejo
Tô com saudade do beijo e do mel
Teu cheiro me dá prazer
Quando estou com você
Estou nos braços da paz

Surpresa Boa!

Quando se fala na palavra surpresa o adjetivo “boa” é implícito mesmo sabendo que não é uma verdade absoluta.
Passei a analisar as surpresas boas do meu dia.
- Uma organizada despretensiosa no escritório (parece bobo, porém para quem conhece o espaço não é nada bobo... significa muito mais que uma faxina);
- Seleção de brinquedos velhos e novos;
- Almoço gostoso num clima nostálgico de "mim comigo"... (Explicando: Almocei sozinha e foi adorável)
- Desliguei a televisão;
- Várias conversas ao telefone;
- Um desabafo on-line;
- Li toda a caixa de e-mail... promovendo aquela limpeza;
- Li vários capítulos do livro: Seu desejo é uma ordem;
- Abominei velhos pensamentos e remodelei vários outros;
- Pratiquei a lei da atração;
- Busquei velhos amigos...
- E refleti ao som da chuva...

Enfim, dia cheio de esvaziamentos mentais e surpresas boas...

Essa é para você! Com carinho!!!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A diferença

Por William Shakespeare
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança.
Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.
Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…
E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…
Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.
Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…
Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…
Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Direito de resposta...

Gentem...
O post "Livre arbítrio" foi direcionado para uma pessoa querida que quando leu, já se identificou e me mandou uma resposta.
Acho justo o direito de resposta e com autorização dela publicar o que foi escrito.
Com carinho...
Eliane


Amiga,
Eu não poderia responder o seu post no blog, pois não haveria espaço suficiente.
Confesso que chorei muito ao ler seu e-mail, não sei explicar o sentimento que tomou conta de mim nesse momento. Eu senti um aperto no meu coração em saber que você se afastou de mim de propósito pelo fato das minhas decisões sobre minha vida contrariar o que você gostaria que eu escolhesse.
Sempre me culpei por não nos vermos com freqüência, pois eu falhei com você diversas vezes por conta da minha vida corrida e desanimo que tomou conta de mim depois de algumas coisas que aconteceram comigo.
Eu te disse que nada nesse mundo me faria ficar com raiva de você e eu estava certíssima! A amizade que sinto por você é maior do que tudo. Sua macaca** safada e sem coração, como você teve coragem de desejar que eu quebrasse cara rs? Que vontade de te esganar!!!!!!!!!!!!!
Amiga você não precisa fingir que aceita minhas escolhas, pois pra mim não importa se pensamos e agimos de forma diferente. Sei que você quer o melhor pra mim e sempre senti isso no meu coração.
Hoje eu olho pra dentro de mim e vejo que gosto ainda mais de você e apesar de todos os pesares eu sempre vou amar você. Se um dia resolver sumir por qualquer motivo me avise, ou melhor, tente me fazer enxergar o que está te magoando.
Ich liebe dich – Eu te amo!

** Macaca - esta palavra foi utilizada, em referência a mim, como um apelido, devido ao meu comportamento cheio de energia e disposição(eu vivia correndo e pulando nos corredores).


Amigo é muito mais
Do que alguém pra conversar
Alguém pra abraçar.
Amigo é uma benção
Que vem do coração de Deus
Pra gente cuidar.
É assim que você é pra mim
Como uma pérola
Que eu mergulhei pra encontrar
É assim que você é pra mim
Um tesouro que pra sempre eu vou guardar.
Amiga, eu nunca vou desistir de você
E pela a tua vida eu vou interceder
Mesmo que eu esteja longe
Meu amor vai te encontrar
Porque você é impossível de esquecer.
Eu acredito em você
Eu acredito nos sonhos
De Deus pra tua vida, amiga
Eu oro por você
Porque a tua vitória também é minha.

Livre arbítrio

Há uns 4 anos atrás tive a oportunidade de conhecer um ser diferenciado... Uma pessoa com extrema disposição e boa vontade... Aliado a isso, essa pessoa, ainda é inteligente, com bom humor, pro-atividade e tudo mais que pensar de bom... em contra partida em um gênio terrível.
Ficava me perguntando por horas a respeito das escolhas feitas por ela.
A nossa estória tomou um rumo a partir do momento que me foi designado ser sua orientadora pelo meu ex-coordenador(bom, naquela situação certamente eu a orientaria com minhas loucuras...kkkkk)
Num primeiro momento pensei que a pessoa era mais doida que eu... E, não sei o porque, ela desapareceu.
Obviamente, naquele momento para mim ela perdeu todo o seu credito.
No semestre seguinte... vejo aquela criatura perdida nos corredores a minha procura... para enfim receber minha orientação.
Como uma boa e maquiavélica pessoa que sou, eu a explorei e a torturei...kkkkk. Fiz essa pobre coitada assistir todas as minhas aulas e ela me acompanhava ate nos intervalos.
Mérito seja dado... semestre seguinte ela já dividia uma disciplina comigo... Adorei!
Planejávamos juntas tudo... ate as maldades... Coitado dos alunos...
Nossa amizade cada vez mais se aprofundava. E por conseqüência a intimidade também.
Ficava conversando horas com meu ex-coordenador sobre os rumos que ela poderia seguir. Fazia planos, mostrava caminhos e projetava um futuro promissor. Eu só esqueci de um detalhe: livre arbítrio.
Essa pessoinha sempre fazia escolha diferente, escolhia o caminho mais complicado, a decisão mais imprópria... e a mais difícil.
As oportunidades pareciam implorar para que ela a escolhesse... (nunca vi uma pessoa com bunda virada para lua como ela!)
As oportunidades de emprego e estudo eram vantajosas... mas sempre exigiam dedicação, esforço e muito empenho... Seu primeiro pecado: ela escolhia todas e não conseguia dar conta!
Meu erro, talvez, era tentar pontuar as prioridades que achava e, que ainda acho, pertinentes. Sempre cobrava a postura correta exigindo empenho, dedicação, esforço e escolhas.
Sempre confabulava com meu ex-coordenador minhas frustrações e aflições... Comungávamos da mesma opinião.
Até que um dia com tantos desencontros eu me cansei... e sumi da vida dela... parei de mandar e-mails e de ligar; enfim, descobri que não poderia fazer as escolhas por ela e que ela deveria descobrir o valor de tudo sozinha... Tudo o que tinha feito – no meu pensamento – não tinha alcançado êxito. Resumindo, queria que ela quebrasse a cara para aprender... (Maldade, né! mas estava com raiva).
Muitos dias se passaram e para minha surpresa recebi uma mensagem bem despretensiosa dela falando a respeito de amizade... que ela tinha percebido meu sumiço e que amava do mesmo jeito.
Percebi, naquele momento, que nossa amizade estava acima da minha vontade em relação a ela e que tudo era mais importante do que a crueldade que estava fazendo, me calando... não conversando com ela... essas coisas...
Como havia dito, o livre arbítrio é de cada um... não posso querer fazer das pessoas aquilo que acredito que seja o ideal ou o melhor. Cada um tem que fazer suas próprias escolhas.
Querida Amiga, apesar de tudo que já vivemos e que ainda espero viver... Amo-te...
Bom, resumo da ópera... a danada continua me contrariando e eu continuo fingindo... que aceito.

Déjà vu as avessas

Fico pensando nas atitudes não tomadas, nas frases não ditas, nos amores não conhecidos e nas viagens não realizadas...
Mas por que isto vem à cabeça? Será que teríamos a oportunidade de transformar ou reprogramar nossos caminhos?
Logo, me vem um conceito, definido por mim: Déjà vu as avessas - uma saudade do que não foi, uma promessa que não foi feita, um carinho que não existiu...
Já se pegou pensando no que poderia ter sido e o que não foi? O que poderia estar diferente? Eu já!!!
Neste contexto, já me imaginei doutora em alguma coisa, astronauta, dançarina e artesã. Já me imaginei com uns 7 (sete) centímetros a mais da minha altura e 7 (sete) quilos a menos...do meu peso. Já me imaginei fazendo a pose de mulher fatal e, também, com 4 (quatro) filhos... do tipo escadinha kkkk
Já me imaginei com alta da terapia... Totalmente resolvida (se isso for possível), segura de mim e ditando regras "comigo ninguém pode”.
Já me imaginei criando artifícios para não ter alta da terapia... (ensaiando as loucuras para que sejam cada vez mais convincentes...).
Bom, o mais importante do que ficar imaginando o que não aconteceu é não esquecer do está a sua volta...
Viver com a intensidade requerida, amar incondicionalmente família, filhos e amigos. Trabalhar com vontade (pelo menos fazer forca para isso!) e ter a certeza que ao final do dia sua cabeça pode descansar em paz no travesseiro da sua cama...

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Malhação faz bem ao coração...

Queria saber quem foi que inventou a malhação... a boa forma, o zelo pela saúde através da academia...
Não estou criticando... ou estou??? Eu estou na verdade é toda dolorida... e ainda por cima sou chamada de molenga... etc. e tal...
Outro dia o professor se surpreendeu com a quantidade de palavrões que solto... mal sabe ele que faço isso justamente para desestressar... kkk. Só espero que ele não acredite que seja com ele... mas bem que... Deixa pra lá...
Enquanto eu não me viciar pela endorfina adquirida através de 10 km de corrida... vou ficar buscando quem foi que inventou isso...

DOÍ TUDO... SOCORRO... Também quem manda ficar sem atividade física por tanto tempo.

Percebe-se que não doe a língua tão pouco os dedos... heheheeeee

Carinho


Ter a oportunidade de receber carinho é fantástico. Há pessoas que possuem esse dom, seja com uma ligação, com um sorriso, com um abraço e até mesmo com um presente.
Vale relembrar alguns momentos carinhosos...
* Recordo-me do meu avô paterno, despejando seu carinho em mim, quando tentava matar os pernilongos que insistiam em me picar... Minha pele branca deixava marcas horríveis.
* Quando adolescente a mania de andar de mãos dadas em todo lugar com as amigas; rindo de tudo e de todos.
* O almoço preparado pela mãe – que de repente eu não achava que era um banquete – mas que ela se levantava todas as vezes que eu pedia para fritar um ovo para mim... daqueles bem passados com as bordas quase queimadas. Ou quando ela percebia que nada me agrava me perguntava o que eu queria comer que ela faria...
* Mil horas de telefonemas sobre filhos, maridos, namorados, comidas, cinemas... e pessoas... mesmo sabendo que no outro dia nos encontraríamos...
* Andar o dia todo... ficar com as pernas tremendo, os pés cheios de calos, as costas doendo... de tanto ver “coisas” para aniversário de criança... Ainda dizer para a amiga que está feliz da vida por estar indo...heheheeee
* Ficar horas trocando olhares – num diálogo mudo – por que sua amiga está triste ou você está triste e uma consola a outra.
* Outra forma deliciosa de carinho eram os lanches maravilhosos divididos com as colegas de trabalho.
E muitas outras formas já vividas...

Mas o mais curioso de tudo isso é: tive a oportunidade de dizer que adorei seu carinho? Se não tive... agora tenho: OBRIGADA POR VOCÊ ME FAZER CARINHO!!!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Formigas alienígenas

Sempre tive a sensação de ver bichos, insetos e correlatos como barata passando pela casa, principalmente nas paredes.
Essa sensação ocorre, normalmente, à noite, quando estou deitada no sofá vendo televisão. Ou, ainda, quando a casa está bem silenciosa e estou no computador. Ocorre, também, com pessoas ao invés de insetos... porém a maior freqüência é, certamente, com insetos.
Nos primeiros dias após a chegada do bebê percebi que estava com a mente explodindo de idéias... tipo brainstorm. Eu diria que na verdade era uma tsunami de idéias, pensamentos e especulações. Esse fato era tão avassalador que não conseguia juntar as idéias e tão pouco fazer qualquer conexão. Eram idéias férteis e soltas.
Juntando a coisa de ter a sensação de ver insetos nas horas mais inesperadas com uma tempestade de criatividade e pensamentos insanos, no momento pós-parto, veio a sensação de estar sendo vigiada.
Isso mesmo! Eu tinha a sensação de estar sendo vigiada, filmada... sei lá.. minhas imagens sendo gravadas.
Tudo começou assim... Meu bebê teve que tomar mamadeira logo nos primeiros dias de vida. Assim a rotina de lavar mamadeiras era constante levando em consideração que nos primeiros meses ele chegava a fazer 6 refeições ao dia. Logo que ele mamava a soneca era garantida. Muitas vezes a mamadeira nem acabava e ele já estava dormindo. De certa forma, era um alívio, pois iria cuidar de outros afazeres e até mesmo dormir com tranqüilidade e paz.
A tarefa de esterilizar as mamadeiras ficava por conta do pai e da mãe, então, a rotina de lavá-las e coloca-las no aparelho era constante.
Sempre que estava lavando as mamadeiras, na pia da cozinha, tinha a sensação de ver uma formiga grande passando correndo.
Nenhum problema com formigas... mas, sim, o fato dela ser grande e muito veloz.
Durante dias fiquei com esse pressentimento, já estava incomodada e curiosa.
Passei, então, a buscar essa formiga. Ela tinha que existir ou eu tinha que assumir minha loucura, digo confusão.
Nesta época eu já tinha grande apreço por internet e chat. A licença maternidade juntamente com férias e licença-prêmio me renderam vários meses em casa. Tempo não era o que me faltava – pelo menos nos primeiros meses de vida do bebê. Passava o dia “perturbando” meus amigos – que estavam na labuta – com conversas sobre isso e aquilo. Em especial, com um amigo muito querido passei a desabafar sobre essa sensação de estar sendo vigiada por formigas. Obviamente, ele riu, mas logo eu o enchi com toda a minha fundamentação insana que ele passou a me ouvir (acredito que por pura educação, afinal de contas ele é um gentleman!). As perguntas eram do tipo: __ Você conhece formigas grandes? __Sabem que elas andam rápido? __Tem algum conhecimento no assunto?
Acho que acabei por despertar sua curiosidade e ele começou a corresponder sobre o assunto: __Grande? __ Defina grande.
O diálogo foi demente. Ficamos conversando sobre os aspectos da formiga e assim ela foi definida: Grande: tipo daquelas cabeçudas com o bundão grande e as antenas bem proeminentes. Veloz: sua velocidade é semelhante com a das formigas pretas, magrinhas e extremamente rápidas.
Mas, até, então... eu não tinha visto a formiga. Somente seu reflexo. Tudo isso por conta da sua velocidade.
Passei a caçar a formiga. Afinal de contas eu tinha que vê-la.
Comecei a chegar de surpresa na cozinha, ora contando os passos ora correndo. Levantava os objetos procurando por ela: atrás do escorredor de pratos, na tampa da lixeira, no fogão, dentro da geladeira, embaixo do armário... Foi uma busca só... Tudo bem que a essa altura do campeonato eu já estava paranóica.
E toda essa rotina estava sendo compartilhada com meu amigo... Passei a dividir minha loucura e me sentir mais aliviada até que ele começou a suspeitar da existência da formiga.
Meus pensamentos se voltaram para minha condição de criatividade aflorada. Uma sensação que não tinha experimentado com tanta energia assim. Penso que foi o resultado de tanto leite materno represado (por conta de uma plástica no seio o leite materno produzido não tinha condições de sair...só acumulava. Essa é outra estória!).
Será que a formiga existe? Não é possível! Eu via o vulto! Não estava louca de forma alguma.
Comecei a pesquisar na internet e encontrei:

Segundo a pesquisadora Ana Eugênia Campos Farinha, do Instituto Biológico de SP, há entre 20 e 30 espécies de formigas que vivem em estreito contato com o homem. Entre as mais comuns estão a Tapinoma melanocephalum (formiga-fantasma); a Paratrechina longicornis ou Paratrechina fulva (formiga-louca); a Linepithema humile (formiga argentina); a Monomorium pharaonis ou Monomorium floricola (formiga-faraó); a Wasmannia auropunctata (formiga pixixica), e também as dos gêneros Crematogaster (acrobatas); Brachymyrmex (sem nome comum); Camponotus (carpinteiras); Solenopsis (lava-pés) e Pheidole (cabeçudas), além de saúvas (gênero Atta) e quenquéns (gênero Acromyrmex), estas mais encontradas no meio rural.
Fonte: http://soniareginabrasilia.blogspot.com/2009/09/formigas.html

Nenhuma das descritas acima se enquadrava com a formiga que desaparecia com a velocidade de um piscar de olhos. Um novo tipo acabara de surgir comigo: A Formiga Alienígena com o nome científico Alien insanus.
Armadilhas em cima da pia... açúcar espalhado na casa... mel dentro do pires... Essas coisas para descobrir o caminho que a danada percorria. Era uma operação de guerra... Não queria ver mais esse ser estranho fugindo de mim, me passando a idéia de que estava me controlando... Quando eu aparecia ela se escondia...
Comecei a encontrar os vultos da formiga no banheiro, na sala, no escritório... E minha paranóia passou a aumentar.
Teimei diversas vezes sobre sua existência e na minha cabeça era apenas uma monstrinha... me vigiando, me torturando.
A loucura foi tanta que acho que cansei meu amigo... ele, meio desconcertado, disse que minha imaginação estava a 1000... e que poderia escrever essa e outras estórias.
Nesse momento o foco mudou passaria de personagem para autora da escritora... Achei sem nexo, pois não me sentia com afinidade com a língua portuguesa para chegar ao ponto de escrever isso ou aquilo. Minha mente descontrolada nos pensamentos não me ajudava a organizar nada... Eu não saia do título do conto: Formigas Alienígenas!
Essa idéia foi logo abortada!
Voltei para a caça da formiga.
Percebi que a população aumentou... Elas voltaram para, agora, dominar meu lar...
As mamadeiras e o leite do neném passaram a ser guardadas a sete chaves! Nada ficava fora de proteções herméticas.
Certo dia, acordei meio zonza... com as idéias mais desordenadas ainda... e, penso que as formigas alienígenas passaram a adotar o comportamento humano por que elas deixaram de ser vulto e passaram a ser presenciais... estavam mais displicentes... e nada cuidadosas.
O ataque final estava próximo.
Comprei diversos tipos de veneno... para jardim, para formiga cortadeira e até aquele que vem numa bisnaga para formigas domésticas. Elas tinham que ser exterminadas.
Passei os venenos na casa toda...
Em poucos dias minhas buscas se cessaram e eu passei a ter paz.
A paz, ainda, reina. Não há sinais de alienígenas aqui...
E, meu amigo, a estória está escrita. Obrigada pelo incentivo!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Frustração


Nossa vida é engraçada... Percebo, claramente, que a felicidade são momentos. Cabe a nós fazermos desses momentos eternos (se, assim, for possível!)
Mas nesta lógica percebo que a grande companheira da felicidade é a frustração. Pense bem: se não alcança a felicidade, você de alguma maneira se frustra... Se frustra por que não deu um beijo naquela pessoa, se frustra por que não recebeu aquele elogio do(a) marido/esposa por conta do jantar tão trabalhoso..., se frustra por que o filho que te odeia quando você não permite que ele saia naquele dias com os amigos..., se frustra por que alguém não lhe falou a verdade.
Pela mesma lógica deve-se fazer dos momentos de frustração os menores possíveis de forma a valorizar os momentos bons...
Infelizmente, hoje me frustrei... duplamente.
Quem nunca se frustrou que atire a primeira pedra!!!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Reflexão



Teus filhos não são teus filhos.
São filhos e filhas da vida adorando-se a si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
Podem dar-lhes amor, mas não os pensamentos,
Porque eles têm os seus próprios pensamentos.
Podem trazer os seus corpos, mas não as suas almas.
Porque as suas almas moram na casa do amanhã,
Que vocês não podem visitar, nem sequer em sonhos.
Podem tentar ser como eles,
Mas não queiram que eles sejam como vós.
Vós sois os arcos dos quais partem os vossos filhos, quais flechas vivas.
Que a flexibilidade nas mãos do archeiro seja de prazer.

Kahlil Gibran
O Profeta

Ensaios...

Ontem fui à terapeuta e no meio da nossa conversa foi tocado em determinado assunto... Tudo bem subjetivo e indeterminado, pois o conteúdo é restrito e sigiloso – não sei, ainda, mas vou descobrir qual o segredo que os psicólogos têm de te arrancar a verdade, mesmo aquelas mais profundas e sórdidas – e eu confessei que no momento em que ela me fizesse uma pergunta, eu, prontamente, teria a resposta, imaginando, assim, como seria a sessão de ontem.
Um planejamento simples parecido com planejamentos feitos por pessoas controladoras.
Busquei diversos assuntos a serem discutidos e, para todos, eu já tinha o que dizer a ela. Até aí tudo normal, bem normal...
Para minha surpresa, antes que eu dissesse a minha resposta planejada com todo o seu conteúdo e detalhes... ela me interpelou:
_ Peraí, você está ensaiando?
_ Humm...? Eu disse.
_ Você está ensaiando a terapia? Ela reforçou.
Meio que sem jeito algum eu disse: _ Eu pensei nas conversas que poderíamos ter e nas respostas a serem dadas.
_ Essa é ótima! Ensaiar a terapia. Ela disse com um tom engraçado de surpresa. (ainda não tinha visto essa expressão nela).
Diante da pessoa que cuida dos doidos... eu simplesmente falei: _ Sim, pode ser um ensaio.
Sei lá o que seria de mim naquela hora se eu a contrariasse... Se bem que não aconteceria nada, a não ser o fato dela saber que estava mentindo...
O fato é que ... essa coisa de planejar, digo ensaiar ficou na minha cabeça.
Hoje, na hora do almoço, estava pensando no texto que escrevi antes desse e que não publiquei ainda... Fiquei pensando nas frases, no que acrescentar e se estava bom ou ruim.
Depois me veio, novamente, a mente a palavra: ensaiar. E não mais que num instante me dei conta que eu ensaio tudo. (Será isso normal?)
Eu ensaio a conversa com o dentista, quando ele briga comigo por que sumi do consultório.
Eu ensaio a bronca que quero dar em empregada quando ela falta o serviço e me deixa na mão e não vem trabalhar...
Eu ensaio a conversa com minha chefe, subchefe e subsubchefe.... (melhor esclarecer: Chefe: Diretor, Subchefe: Vice-Diretor, Subsubchefe: Supervisor Pedagógico).
Eu ensaio a conversa com meus amigos...
Eu ensaio a conversa com minha mãe e minhas irmãs...
Eu ensaio a conversa com o filho e com o marido...
Eu ensaio as ações que vou executar...
Eu ensaio o que vou escrever aqui!
Deus... eu ensaio tudo...
Puxando na memória uma vez fui convidada para ir à casa de uma amiga no tempo de faculdade e para isso eu deveria segui-la no meu carro e ela no dela... Assim foi feito. O caminho longo, rádio ligado e eu batendo papo comigo. Falava da vida, do diálogo que poderíamos ter, da coisa de ser cinéfila... e por aí foi o papo entre mim e eu... eheheheee.
Quando paramos o carro a primeira coisa que ela me falou: Amiga, você é doida?
Pensei rapidamente sem pronunciar nenhuma palavra... naquela hora: Será que dei alguma gafe no transito? Será que fechei alguém? Será que passei na faixa de pedestre? Será que andei rápido e esqueci do pardal...? Nossa que sufoco...
Ela continuou: Amiga, você fala sozinha!!!
Respirei fundo com uma sensação de alívio e, naquela fração longa de segundos, me perguntei o que iria responder... E agora? Ela vai descobrir que sou realmente doida... Me veio a mente a resposta: Hahaha... doida.. eu? Que isso, eu estava cantando!!! Você não canta???
Ela saiu desconfiada e eu mais ainda....kkkkkkkkkkk
O mais intrigante de toda essa loucura de ensaio... é que nada sai exatamente como eu ensaiei! Penso, planejo, arquiteto, estruturo... Mas na hora H.... sai diferente...
Vai entender doido, não é?!

Estilo...

Outro dia me peguei lendo o comentário feito por uma amiga que fala sobre a forma como nos vemos...

Achei interessante e começei a me analisar... Pensei em como me vejo e imaginei como as pessoas me veem. Engraçado!

Tive a impressão de ser pejorativa comigo e certamente economica em elogios e reconhecimento.

Acabei de descobri que tenho estilo... na escrita... (minha irmã é a responsável!!!)

Então... eu sou mais eu... e profundamente eu...

Ops! Agora soou egoista... e talvez prepotente.

Tá dificil achar um ponto de equilibrio...

Certamente por que estou cheia de mim e com alta estima no topo.

Tenho que tomar cuidado para não ser a personagem má do filme O Diabo veste Prada... kkkkk

domingo, 3 de janeiro de 2010

Espera

O engraçado da vida é que vivemos numa eterna busca! Busca de prazeres, inspiração, descanso, pessoas, lugares, tempo... e por aí vai.
Certamente essa busca gera uma determinada expectativa, para uns soa como uma eternidade, para outros é quase imperceptível.
Essa determinada expectativa, em especial, é a espera. Verbo ESPERAR... (v t esperar [əʃpə'rar]; 1 estar à espera, aguardar; 2 desejar que algo aconteça; v int esperar ter confiança em).
A gente espera tanta coisa... Tenho uma amiga que está esperando um bebê (vale dedicatória especial por que foi ela que mais me influenciou a criar este blog), outra está esperando um grande amor, outra está esperando a oportunidade para voltar para Brasília transferida pelo trabalho...outra espera a oportunidade para publicar seus textos maravilhosos, outra está esperando perder uns quilinhos... (e está conseguindo!!!)
Demorei, praticamente, um ano para soltar os dedos no teclado – e continuarei com os dedos soltos pelo menos até que as férias acabem – e agora fico na espera, confesso que curiosa, pela sua leitura.
Analisando meu devaneio fico pensando no que estou esperando. Será que espero que diga... Li seus textos... estão ótimos! ou,
Parabéns! ou,
Olha, sinceramente, está uma Mer...,
Nada disso... não espero críticas tão pouco elogios... Afinal de contas cada indivíduo é assim chamado por ser único e exclusivo; e, por consequência, tem gosto particular e nisso não vou interferir, no máximo, influenciar... heheheee
Espero que você se identifique com o que escrevo – assim terei a certeza que não sou a única a devanear. Me sentirei menos louca e certamente honrada! Espero que curta!!!

Encontros...

Encontros despretensiosos e adoravelmente deliciosos...

A vida nos reserva surpresas de tal forma que quando são boas são, obrigatoriamente, inesquecíveis.

Falo assim por conta dos diversos encontros maravilhosos que a vida já me proporcionou: amizades infantis que perduram até hoje, amizades novas que parecem que tem anos de convivência e amizades que apesar de encontrar pouco nada muda.


Não há palavra melhor para traduzir essa dinâmica do que: vida!


Então, para celebrar meus encontros despretensiosos ou não e, adoravelmente deliciosos, segue a musicalidade como forma de expressar meu desejo de vida:


O que é, o que é – Gonzaguinha


Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...
Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...
Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...
E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...
Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...
Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...
Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...
Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...
Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...
E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
É é bonita...

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Coincidência??? Ou alerta???

Hoje o dia começou recheado de acontecimentos. Minha mente está borbulhando...
Há vários dias tenho conversado com uma amiga pelo Gtalk, tenho relatado meus problemas, confessado desejos, falado palavrões como qualquer ser humano...
Observava o fato curioso era a danada entrar e sair da rede com a mesma descrição. Ela nem se dava ao trabalho de se despedir de mim – não que isso me abale emocionalmente, mas a educação impera no nosso cotidiano. O engraçado é que ela vive me cobrando educação, postura, ética... Seu clichê preferencial é: A gente passa um ano ensinando a criatura mas ela nunca aprende!
Dada a genética lerda da pessoa eu não levava em consideração tal fato. Certamente o que me chamava atenção, principalmente, era eu começar a soltar meu veneno na pobre coitada... e ela, prontamente, desaparecia na rede... me deixando a ver bits flutuando.
E por aí se foi várias conversas... até que um dia conversando por telefone com ela foi mencionado um assunto – para ela novidade – e que eu já havia alertado via internet. O pânico e a loucura começaram aí!
Relembrei diversos assuntos que conversamos por internet, descrevi os detalhes sórdidos e ela demonstrando lapsos de memória e o cenário se configurava por um lado, eu tripudiando da lerdeza peculiar da pessoa me sentindo cheia de razão e da verdade, e por outro lado, ela me convencendo que tal fato nunca havia ocorrido.
Cheguei a rir do nick name que ela havia adodato: -*-pIpOqUyNhA. Se não fosse trágico, seria perfeitamente cômico!!!
O pior ocorreu: chegamos à conclusão de que sua senha havia sido furtada. Antes de qualquer pensamento dela eu já comecei a montar o cenário catastrófico do ocorrido, conjecturando, estruturando e montando o diagnóstico das fofocas proferidas, dos palavrões ditos, dos segredos que não eram mais segredos a partir daquele momento e, principalmente, de como todo esse turbilhão de informação voltaria para mim ou contra mim, com a mesma força que falei...
Ficamos horas pensando no por que daquilo. Por que uma pessoa faria isso? Por que faria aquilo??? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?
Já ouvia, na minha mente, a cena da mãe dizendo... Minha filha, eu te avisei para não fazer isso ou dizer aquilo... eu te disse, eu te avisei... não te avisei?!?!?!
- SOCORRO!!!
Passei a espalhar a informação como forma de prevenção: CUIDE DA SUA SENHA, ELA É O SEU MAIOR BEM, O MAIS PRECIOSO... E junto com a campanha de segurança eu contava o ocorrido, relatando o pânico, o desespero e montando uma rede de dúvidas e incertezas.
Chegamos a outra louca conclusão, achamos um culpado: o pobre coitado do irmão dela. A fama de gozador e danado fez com que ele levasse o título de minha amiga no gtalk.
Hoje, minha amiga do gtalk - -*-pIpOqUyNhA – entrou e eu, mais rápido do que ligeiro, comecei um diálogo já perguntando como tinha sido a passagem do ano (é claro, que nessa hora eu fazia as perguntas da forma mais investigativa possível). Prontamente recebia suas respostas, então, logo pensei... é hoje que eu descubro a farsa. Eu pego esse safado pelo IP (internet protocol) e delato-o para a verdadeira dona do nick name.
Estava sedenta e curiosa... mas minha ansiedade não me deixou, não resisti e no meio da conversa mais insana... perguntei despretensiosamente: Aonde você mora?
Quando vi, já tinha digitado e para minha surpresa percebi que a conversa passou a se tornar monossilábica.
Estava certa, não era ela... era ele: o danado do irmão. Enquanto via a mensagem -*-pIpOqUyNhA está digitando eu me imaginava lendo... Desculpa-me sou o irmão da pipoquinha, ela não está aqui agora, quer deixar recado... Meus dedos estavam praticamente digitando sem a minha mente dar o comando... Meus olhos estavam agitados, fixos no monitor esperando... esperando... esperando... A -*-pIpOqUyNhA não me respondeu, para meu desespero ela veio com outra pergunta... Aonde você mora?
Nesse instante todo meu desespero voltou... num instante estava certa e agora, estava errada... Meu Deus, quem será essa pessoa ladra declarada da senha da minha amiga.
Todos os segredos estavam revelados, eu estava explicita novamente... tudo poderia ser usado contra mim... Eu e minha língua grande... Pensei no meu veneno entrando na corrente sanguínea e indo direto para minha mente... proferindo pontadas finas: Burra, burra, burra... da língua grande e abusada. Tinha que ter falado disso ou daquilo...? Será que eu falei de tal pessoa...?
No mesmo instante que destilava o meu veneno eu ponderava... não tenho toda a culpa... ela correspondeu! Ela tem o mesmo nome e o sobrenome... Que culpa eu tenho... (Gente, que loucura!)
Para findar minha tortura mental eu já confessei, sem investigar mais nada, aonde eu moro e pronto!
Logo veio um pedido de desculpas... ela se referindo que me confudiu com uma amiga...
Mal vi sua resposta e sem considerar suas palavras... eu escrevi: Por favor, me responda: Aonde você mora?
Minhas mãos suavam esperando a resposta... que depois de longos 2 minutos ela disse... SP – Guarulhos.
Meu sangue começou a voltar para a face, minhas mãos ainda tremulas estavam entrando num estado de relaxamento difícil de explicar... Minha alegria estava aparente, Ufa!!! O mais importante... Meus segredos continuariam velados, não conheço ninguém em Guarulhos...
Em seguida, pedidos de desculpas recíprocos foram proferidos e a conversa acabou aí...
Ninguém roubou nada de ninguém... apenas nome e sobrenome EXATAMENTE IGUAIS, muita confusão e uma mente muito fértil no meio disso tudo. (Nem preciso dizer que a mente fértil é a minha, né?!)

Tempo... o Senhor dos Senhores!!!

Depois de certo tempo deixamos de acreditar em contos de fadas e papai Noel... e a rotina de trabalho consome tanta energia que acreditar ou não passa a ser uma questão mais pessoal do que encantadora. Diria que se trata de uma visão Polyana (http://pt.wikipedia.org/wiki/Pollyanna) de vida...
Por conseqüência Natal e ano novo vêm carregado do apelo de mudança, reflexão e redirecionamento de condutas, pensamentos, ações, palavras e por aí vai...
Minha critica ou apelo está voltado para esta situação: Será que precisamos esperar uma determinada época do ano para repensar nossas atitudes, comportamentos ou falhas? Como se fosse o fim do exercício sentimental do ano – plagiando: fim do exercício financeiro. Sendo este em dezembro do ano corrente e a prestação de contas até abril do ano seguinte com a famigerada declaração do imposto de renda. Assim, o Natal e a passagem do ano é a nossa declaração de sentimentos onde nos livramos das contas sentimentais pendentes e resolvidas?
Fico a pensar, agora, assim como na declaração do imposto de renda, nas manobras, desdobramentos e até artimanhas que fazemos para pagar menos imposto ou menos sentimento.
A sociedade nos impõe isso e eu me imponho NÃO repensar neste momento... e sim no meu momento, na minha necessidade e no meu dia-a-dia.
Não é justo ser forçada pelo todo pensar em valores não amadurecidos, feridas não cicatrizadas e mágoas não trabalhadas pelo simples clichê: Feliz Natal e Próspero ano novo – apague as tristezas e viva um novo ano!
Cabe a nós lembrar a necessidade do dia e que não será o bom velhinho o responsável por tais mudanças... A mudança (Caso ela seja mesmo necessária!) está em si e é atemporal!
Confesso que a critica faz parte do meu caminho e que agora estou trabalhando esse lado cético e talvez incrédulo – esclarecendo: não por conta da passagem do ano e sim por que estou no meu tempo, heheheheheheeeee...

Ano Novo.... Velhas Receitas

Receita de ano novo
Carlos Drummond de Andrade

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumidas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre. ... Que o Novo Ano "desperte", simplesmente. Surja como a "fé", silenciosa e serena. No fundo da caixa, Pandora guardou a ESPERANÇA - maior presente dos deuses. Que ela nos acompanhe.