domingo, 17 de janeiro de 2010

Livre arbítrio

Há uns 4 anos atrás tive a oportunidade de conhecer um ser diferenciado... Uma pessoa com extrema disposição e boa vontade... Aliado a isso, essa pessoa, ainda é inteligente, com bom humor, pro-atividade e tudo mais que pensar de bom... em contra partida em um gênio terrível.
Ficava me perguntando por horas a respeito das escolhas feitas por ela.
A nossa estória tomou um rumo a partir do momento que me foi designado ser sua orientadora pelo meu ex-coordenador(bom, naquela situação certamente eu a orientaria com minhas loucuras...kkkkk)
Num primeiro momento pensei que a pessoa era mais doida que eu... E, não sei o porque, ela desapareceu.
Obviamente, naquele momento para mim ela perdeu todo o seu credito.
No semestre seguinte... vejo aquela criatura perdida nos corredores a minha procura... para enfim receber minha orientação.
Como uma boa e maquiavélica pessoa que sou, eu a explorei e a torturei...kkkkk. Fiz essa pobre coitada assistir todas as minhas aulas e ela me acompanhava ate nos intervalos.
Mérito seja dado... semestre seguinte ela já dividia uma disciplina comigo... Adorei!
Planejávamos juntas tudo... ate as maldades... Coitado dos alunos...
Nossa amizade cada vez mais se aprofundava. E por conseqüência a intimidade também.
Ficava conversando horas com meu ex-coordenador sobre os rumos que ela poderia seguir. Fazia planos, mostrava caminhos e projetava um futuro promissor. Eu só esqueci de um detalhe: livre arbítrio.
Essa pessoinha sempre fazia escolha diferente, escolhia o caminho mais complicado, a decisão mais imprópria... e a mais difícil.
As oportunidades pareciam implorar para que ela a escolhesse... (nunca vi uma pessoa com bunda virada para lua como ela!)
As oportunidades de emprego e estudo eram vantajosas... mas sempre exigiam dedicação, esforço e muito empenho... Seu primeiro pecado: ela escolhia todas e não conseguia dar conta!
Meu erro, talvez, era tentar pontuar as prioridades que achava e, que ainda acho, pertinentes. Sempre cobrava a postura correta exigindo empenho, dedicação, esforço e escolhas.
Sempre confabulava com meu ex-coordenador minhas frustrações e aflições... Comungávamos da mesma opinião.
Até que um dia com tantos desencontros eu me cansei... e sumi da vida dela... parei de mandar e-mails e de ligar; enfim, descobri que não poderia fazer as escolhas por ela e que ela deveria descobrir o valor de tudo sozinha... Tudo o que tinha feito – no meu pensamento – não tinha alcançado êxito. Resumindo, queria que ela quebrasse a cara para aprender... (Maldade, né! mas estava com raiva).
Muitos dias se passaram e para minha surpresa recebi uma mensagem bem despretensiosa dela falando a respeito de amizade... que ela tinha percebido meu sumiço e que amava do mesmo jeito.
Percebi, naquele momento, que nossa amizade estava acima da minha vontade em relação a ela e que tudo era mais importante do que a crueldade que estava fazendo, me calando... não conversando com ela... essas coisas...
Como havia dito, o livre arbítrio é de cada um... não posso querer fazer das pessoas aquilo que acredito que seja o ideal ou o melhor. Cada um tem que fazer suas próprias escolhas.
Querida Amiga, apesar de tudo que já vivemos e que ainda espero viver... Amo-te...
Bom, resumo da ópera... a danada continua me contrariando e eu continuo fingindo... que aceito.

2 comentários:

  1. Amiga, eu nunca vou desistir de você
    E pela a tua vida eu vou interceder
    Mesmo que eu esteja longe
    Meu amor vai te encontrar
    Porque você é impossível de esquecer!

    ResponderExcluir
  2. Engraçado é ter a compreensão e aceitar a opinião de cada um. Certamente, essa parte é a mais dificil.

    ResponderExcluir